Na segunda fase da Operação Testa de Ferro, a Polícia Civil prendeu 17 pessoas no Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (12/5) e cumpriu 18 mandados de busca e apreensão, sendo três deles em Goiás. As investigações apontam que o grupo criminoso causou um prejuízo de R$ 3 milhões às vítimas.
Segundo a corporação, os suspeitos eram especializados em lavagem de dinheiro. Eles acessavam invadiam as contas bancárias das vítimas e faziam várias transações para aumentar o saldo deles próprios. Em seguida, esses valores eram repassados a contas provisórias. O dinheiro depositado tinha dois destinos: ou era sacado ou simulavam compras para dissimular a origem dos recursos.
A Polícia Civil ainda ressaltou que o nome da operação faz referência ao fato de uma pessoa se apresentar em nome de outra, e foi deflagrada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). O delegado Giancarlos Zuliani, à frente das investigações, ressaltou que foram apreendidos grande quantidade de dinheiro escondido em privadas e locais secretos nas casas dos procurados, além de armas de fogo, celulares e computadores.
"Criminosos estão invadindo contas bancárias, principalmente de empresas de outros estados e estão trazendo esse dinheiro para o Distrito Federal, transferindo o dinheiro de contas das empresas, para contas de laranjas aqui do DF", explicou.
Em 4 de maio do ano passado, a PCDF havia prendido outros dois integrantes da organização no âmbito dessas investigações que começaram em junho de 2019, e seis deles foram denunciados pelo Ministério Público. À época, os mandados foram cumpridos no Riacho Fundo e Samambaia, e o golpe somava mais de R$ 824 mil.
"A Polícia Civil vai continuar apurando, temos outras pessoas envolvidas ainda que serão objeto de outras investigações e outras prisões e aqui fica o recado: quem emprestar conta bancária para esse tipo de crime, vai ter problema", alertou o delegado.