obituário

Carlos Wagner Tolentino, 81 anos

Morreu, ontem, o pioneiro Carlos Wagner Tolentino (foto), aos 81 anos. Ele teve uma parada cardiorrespiratória em casa, no Jardim Botânico. Mineiro de Belo Horizonte, o advogado e servidor aposentado saiu da capital mineira para iniciar uma nova vida em Brasília. Em 1960, ele adotou o quadradinho como novo lar. “Veio com a cara e a coragem. Os pais dele tinham uma vida boa lá, mas ele largou tudo e veio para tentar a vida. Morou até na rodoviária, porque na época não tinha nem hotel”, conta a professora Carla Tolentino, 50 anos, filha do pioneiro.

Segundo a professora, Tolentino era apaixonado por Brasília. “Ele amava. Adotou como casa. Aqui, ele chegou e construiu a vida dele, teve três filhos e era casado com a minha mãe desde 1968”, diz Carla. Além da capital, outra paixão na vida do aposentado era o esporte. “Meu pai foi um dos fundadores do clube de futebol do Ceub e também foi diretor do time do Gama. Inclusive, ele vai ser cremado com a blusa do Cruzeiro que era a maior paixão dele”, revela a filha.

Carlos teve uma carreira respeitada como professor de matemática e administrador. “Começou na fundação educacional. Depois, foi diretor do (Centro De Ensino Fundamental) Caseb; administrador do Nilson Nelson e do Ginásio Cláudio Coutinho durante muito tempo. Também foi diretor e fundador do Clube dos Pioneiros”, detalha a filha.

O pioneiro também trabalhou no Centro Universitário de Brasília (Ceub) como professor e, posteriormente, atuou como coordenador da pós-graduação. Carlos Tolentino deixa três filhos, três netos e a esposa de 76 anos. Ele será cremado às 18h deste sábado, na cidade de Valparaíso.