Nos primeiros três dias de vacinação contra a covid-19 para pessoas com 60 e 61 anos na capital federal, apenas 15,84% dos idosos procuraram os postos de atendimento para receber a primeira dose da vacina. Entre sexta-feira (30/4) e domingo (2/5), das 50,5 mil pessoas dessa faixa etária, apenas 8 mil se vacinaram contra o Sars-CoV-2. A baixa procura pela vacina preocupa o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. O titular da pasta considera que há resistência da população em relação à vacina da Oxford/AstraZeneca.
Por outro lado, para a aposentada Nice Riesenbsk, 60 anos, a vacina é uma vitória, e a população não deve perder a chance de se imunizar. “As pessoas não devem ficar sem. (A covid-19) é uma doença que gera risco mesmo depois de tomarmos as doses. Imagina sem se imunizar. É muita coragem achar que vamos vencer isso sem elas”, comenta a moradora do Guará.
Nice procurou atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 4 da região administrativa, para receber a primeira dose. Acompanhada do filho, ela viveu um momento de alívio: “Gosto muito de viajar, de praia. Depois que me aposentei, minha ideia era passar uma longa temporada em uma praia, quietinha. A pandemia me privou um pouco. Mas, agora, vamos ver se o plano sai do papel”, disse.
Até segunda-feira (3/4), a Secretaria de Saúde havia vacinado 463.418 pessoas com a primeira dose no DF e 261.925, com a segunda. Na data, houve atendimento de mais 16.436 brasilienses. A aposentada Alba Lúcia Vidal Rodrigues, 89, garantiu as duas doses. No Estacionamento 13 do Parque da Cidade, a moradora do Lago Norte foi recebida com festa: a data de tomar o reforço caiu no dia do aniversário dela. Com profissionais da saúde e outros idosos desejando felicitações, Alba comemorou: “Melhor presente que esse, impossível”.