A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) vai inaugurar, nesta sexta-feira (28/5), o hospital acoplado de Samambaia, que servirá de apoio para o enfrentamento da covid-19 na capital federal. A previsão inicial era de que a unidade fosse entregue no início deste mês. Construído como uma extensão do Hospital Regional de Samambaia (HrSam), a unidade terá mais 102 leitos para pacientes acometidos pela doença, sendo 98 de enfermaria e quatro de isolamento.
A estrutura do hospital será permanente e poderá ser usada pela população do DF mesmo após a pandemia da covid-19. A inauguração foi anunciada pelos secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha; de Saúde, Osnei Okumoto; e de Comunicação, Weligton Moraes, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (27/5), no Palácio do Buriti. O hospital —que terá estrutura de 1 mil m² e ficará em uma área onde funcionava um estacionamento — será gerido pelos próprios servidores da Secretaria de Saúde e começará a receber pacientes na segunda-feira (31/5).
A construção da unidade acoplada ao HRSam recebeu R$ 4 milhões em doações de empresas da área de saúde, como as redes D'Or São Luiz e Dasa Ímpar, além do Comitê Todos Contra a Covid-19 — composto por integrantes do Executivo local e empresários —, que contribuiu com R$ 2 milhões. O Instituto BRB forneceu R$ 3 milhões, totalizando R$ 9 milhões em investimentos.
Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediram à SES-DF, na terça (25/5), esclarecimentos sobre as condições de funcionamento da unidade. Em 17 de maio, uma equipe da força-tarefa do órgão esteve no local e constatou uma série de problemas que impedem a operação adequada do espaço. Um dos problemas destacados pelo Ministério Público está na quantidade de leitos que podem efetivamente ser disponibilizados.
Internações
Segundo o secretário Osnei Okumoto, 68 pacientes estão internados no Hospital de Campanha do Gama, 83, no Autódromo de Brasília e 21, no Hospital de Campanha de Ceilândia, inaugurado há três dias. “Nesta quinta pela manhã tivemos uma movimentação de pacientes e, dos 300 leitos, estávamos com 175 ocupados”, relatou o secretário de Saúde.
Osnei também afirmou que, com a maior oferta de leitos, a Secretaria de Saúde atende pacientes de fora do DF. “Hoje, dos leitos UTI Covid da rede, 27 estão ocupados por moradores de fora do DF, o que equivale a 11,39%”, disse. “Já no caso dos leitos de suporte ventilatório pulmonar, dos hospitais de campanha, temos nove pacientes externos. Nos leitos de UTI geral, temos 40 pacientes de fora do DF”, enumerou.
Saiba Mais
Vacinação
Antes do início da imunização, o DF tinha, entre os profissionais de saúde uma média de 735 casos por mês de covid-19 — número que caiu para 379 após a vacinação. A informação foi dada pelos secretários durante a entrevista coletiva. Até esta quinta (27/5), 146.405 profissionais da saúde do DF receberam a D1 e 107.180 (73,2%), a D2.
Ainda há doses reservadas para os professores, cuja vacinação foi uma demanda da própria categoria. Das 2,8 mil doses disponibilizadas para os profissionais, 2,2 mil pessoas foram vacinadas. "Ou seja, 22% dos profissionais que foram indicados para serem vacinados ainda não buscaram a imunização”, afirmou o secretário da Casa Civil.
O secretário de Comunicação, Weligton Moraes, disse que o GDF pretende lançar, na próxima semana, uma campanha publicitária convocando a população a se vacinar. A decisão que autoriza estados e municípios a ampliarem a vacinação contra a covid-19 para a população geral deve ser seguida pelo Distrito Federal. O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou que seguirá a determinação conforme as doses destinadas a este público forem enviadas à capital federal.
A orientação é da Comissão Intergestores Tripartite (CTI) — formada pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
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