A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou, em nota, que durante a audiência realizada nesta sexta-feira (14/5), no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT), reapresentou aos metroviários proposta enviada à categoria em 14 de abril. De acordo com o Metrô-DF, a proposição avança na concessão de reivindicações dos empregados e ainda não foi votada. O objetivo é dar fim à greve dos empregados.
O texto ressalta que as cláusulas que são objeto de impasse, referentes ao 13º salário do auxílio-alimentação e quebra de caixa, serão discutidas no TRT. O Metrô-DF julgou o próprio feito como "demonstração de boa vontade e disposição em atenuar os efeitos da greve em momento tão delicado".
A companhia informou ainda que uma nova audiência deve ocorrer na próxima segunda-feira (17/5), quando o Metrô-DF espera o posicionamento do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF).
Procurado pelo Correio, o SindMetrô informou que, durante a audiência de conciliação, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho, assim como o Ministério Público do Trabalho, reavivaram sua proposta de manutenção dos direitos na tentativa de, mais uma vez, haver negociação e, com isso, a suspensão da greve.
"Essa proposta foi prontamente negada pela empresa e aceita pelo sindicato. Já no final da audiência, a empresa resolveu reapresentar uma proposta, enviada ao SindMetrô no dia 14. Diante disso, a audiência foi suspensa, sendo retomada na segunda-feira, dia 17, às 14h30min", diz o texto.
O sindicato informou ainda que apresentará contraproposta, dentro dos termos já aprovados em assembleia, e em relação ao abono dos dias parados da greve, pois a paralisação começou devido a falta de negociação por parte do Metrô, e não aceite de prorrogação dos benefícios para que continuassem as tratativas de forma tranquila e segura para todos.
"Essa prorrogação foi uma proposição do próprio TRT e MPT, feita pela terceira vez, porém mais uma vez rejeitada pela Companhia, que já cortou todos os benefícios da categoria que, hoje, está pagando para trabalhar, tentando manter o sistema e obedecer a liminar de funcionamento determinada pela Justiça. Manteremos nosso compromisso de busca pela resolução desse empasse com a manutenção dos direitos conquistados e históricos da categoria", finaliza a nota.
Histórico
Os metroviários estão de braços cruzados, por tempo indeterminado, desde 19 de abril. A categoria pede garantias de direitos trabalhistas para o biênio 2021-2023. Dias depois do início da greve, a Justiça determinou a manutenção de trens em circulação em um número mínimo.
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