Investigação

Homem é preso ao se passar por sugar daddy para abusar de jovens no DF

Contra ele, há sete ocorrências de jovens com idade média de 21 anos, que relataram ter sofrido abusos sexuais. Segundo as investigações, ele filmava as relações para, depois, chantagear as vítimas

Darcianne Diogo
postado em 12/05/2021 16:27 / atualizado em 12/05/2021 16:28
O homem foi preso em Goiânia (GO), onde morava com a mãe -  (crédito: PCDF/Divulgação)
O homem foi preso em Goiânia (GO), onde morava com a mãe - (crédito: PCDF/Divulgação)

Investigadores da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher I (Deam I), da Asa Sul, cumpriram, nesta segunda-feira (11/5), mandado de prisão e de busca e apreensão contra um homem, 45 anos, investigado por cometer crimes sexuais contra jovens do Distrito Federal. O acusado se passava por “sugar daddy” — expressão definida como homem rico que busca mulher mais nova para relacionamento com trocas — e, após seduzir as vítimas, as ameaçava, obrigando-as a fazer vídeo chamadas.

O acusado foi preso em Goiânia (GO) — distante cerca de 202 km de Brasília — na casa onde residia com a mãe. Contra ele, há sete ocorrências de jovens, com idade média de 21 anos, que relataram ter sofrido abusos sexuais. Segundo as investigações, os crimes teriam começado em 5 de julho do ano passado. A última ocorrência contra ele foi em 27 de março deste ano, no Gama.

Durante a operação, a polícia apreendeu celulares, notebook e dinheiro
Durante a operação, a polícia apreendeu celulares, notebook e dinheiro (foto: PCDF/Divulgação)

Por meio do site “Meu Patrocínio”, rede social destinada aos “sugar daddy” e “sugar baby”, o criminoso criava um perfil, se passando por um homem milionário e mais velho. Na plataforma, ele abordava as jovens e as convidava para sair. “O encontro era marcado em um motel, onde eram praticados atos sexuais consensuais com a vítima. Mas, em determinado momento, em ato libidinoso e sem o conhecimento ou vontade da mulher, o autor realizava filmagens da relação sexual”, explicou a delegada-titular da Deam I, Ana Carolina Litran.

Chantagem


Dois dias depois do ato, o homem dava início às chantagens e passava a ameaçar as jovens, afirmando que, caso ela não realizassem uma chamada de vídeo para a prática sexual, teriam as filmagens divulgadas nas redes sociais. “Algumas delas chegaram a ser vítimas de estupro virtual, mediante ameaça e sem vontade expressa”, detalhou a delegada.

Em depoimento, uma das jovens relatou que conheceu o homem pelo aplicativo e os dois passaram a conversar e trocaram o telefone. Ela alegou que realizou chamadas de vídeo e que, nesse momento, ele solicitou que ela desfilasse sem roupa. Durante a filmagem, o autor teria copiado e printado a tela, passando a ameaçá-la pedindo para que a mesma continuasse a fazer as chamadas, caso contrário ele mandaria as imagens para os amigos e familiares da vítima.

O homem também é acusado de fazer vítimas nas cidades da Candangolândia, Planaltina, São Sebastião, Taguatinga e Brasília, além da internet.

 

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