Pandemia

Covid-19: Testagem em massa é uma das principais armas no combate à doença

Especialistas destacam a importância de verificar e acompanhar a circulação do novo coronavírus; a estratégia é fundamental para controle da infecção e prevenção de novos casos. Até essa sexta-feira (7/5), o Laboratório Central do DF realizou 265.344 testes de PCR

Cibele Moreira
postado em 08/05/2021 06:00
Dos 265.344 testes de PCR avaliados pelo Lacen, 91.456 deram positivo -  (crédito: Itamar Crispim/Fiocruz)
Dos 265.344 testes de PCR avaliados pelo Lacen, 91.456 deram positivo - (crédito: Itamar Crispim/Fiocruz)

Apesar do foco na vacinação, esta não é a única forma de combate à pandemia. Para o professor Jonas Brant, epidemiologista e coordenador da Sala de Situação da Universidade de Brasília (UnB), há três eixos que devem ser observados para o controle da propagação da covid-19: ampliação da testagem dos casos sintomáticos, principalmente os com sintomas leves, rastreamento de possíveis contaminados identificando as pessoas que tiveram contato com quem testou positivo e o isolamento desse grupo e vigilância genômica constante para identificar variantes.

“A testagem é muito baixa, não só no Distrito Federal, mas no Brasil como um todo. Se olhar os dados em comparação a outros países, estamos com um índice vergonhoso. Precisamos, também, estruturar as ações de rastreamento de contato”, enumera Brant. Segundo ele, o risco de contaminação está alto.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF), realizou 265.344 análises de testes de PCR, até essa sexta-feira (7/5). Desses, 164.400 deram negativo; 91.456, positivos; e 9.488, inconclusivos. Dos exames sorológicos, aplicou 66.720 — sendo que 59.811 ocorreram no ano passado. Todas as unidades básicas de saúde (UBS) estão aptas para fazer a coleta RT-PCR de casos sintomáticos e, atualmente, são atendidos 4.500 pacientes, por semana, com suspeita da doença. A rede particular, no laboratório Sabin, em pouco mais de um ano de pandemia, fez 930 mil testes: 620 mil (PCR) e 310 mil (sorologia).

Os professores de dança Carolina Dumay de Medeiros, 31, e Vinicius Mesquita de Carvalho, 33, testaram positivo em março deste ano.“Há quase dois anos que eu não tinha febre. Era muita coincidência para não levar em consideração”, lembra Vinicius. Os dois haviam feito o exame sorológico em 2020, quando houve das atividades presenciais. “Se deslocar para o centro de saúde, é um preço muito pequeno em comparação a perder um familiar. Eu perdi dois tios pela doença. O exame é uma forma de proteger os entes queridos”, finaliza Vinicius.


Saiba mais

Tipos de testes mais comuns para detectar a covid-19

Teste sorológico (teste rápido)

» É feito com a coleta de uma amostra de sangue que reage em um soro. Esse exame identifica a produção de anticorpos IgM e IgG, sendo indicado a partir do oitavo dia dos sintomas. O resultado costuma sair em 30 minutos.

Teste RT-PCR (swab nasal)

» Com uma espécie de cotonete, é feita a retirada do material genético da mucosa presente no fundo do nariz do paciente. Esse exame é recomendado no início da infecção, a partir do terceiro dia de sintomas até o sétimo. Esse exame fica pronto em até 48 horas, na rede pública, a equipe da unidade entra em contato com o paciente para informar o resultado.

Fonte: Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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