Vacinação

"Temos que vacinar com o que temos", defende infectologista do Hran

Em entrevista ao CB.Saúde desta quinta-feira (6/5), a infectologista Joana D’Arc Gonçalves falou sobre efeitos da escolha de vacinas e a imunização em pessoas com comorbidades

Pedro Marra
postado em 06/05/2021 15:17 / atualizado em 06/05/2021 15:58
 (crédito: Carlos VieiraCB/D.A Press)
(crédito: Carlos VieiraCB/D.A Press)

O CB.Saúde — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — desta quinta-feira (6/5) recebeu a médica Joana D'arc Gonçalves, infectologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Em entrevista à jornalista Carmen Souza, a profissional de saúde falou sobre como a queda na procura por vacinas contra a covid-19 pode deixar o novo coronavírus mais forte e também explicou que comorbidades e gravidez não aumentam o risco de efeitos colaterais da vacina.

Dos 513 mil moradores do DF com doenças crônicas, apenas 87 mil se cadastraram para se vacinar. Em três dias, apenas 16% dos idosos com 60 e 61 anos do DF se vacinou. Segundo Joana D’Arc, apesar de não existir um medicamento totalmente seguro contra a covid-19 no mundo, os imunizantes disponíveis continuam sendo eficazes contra o vírus.

"Quando você começa um processo de imunização em massa, sempre surgem alguns eventos adversos, o que é esperado. Não existe nenhum medicamento 100% seguro. Então, quando você tem esse momento inicial e surge esse evento adverso, as pessoas acabam ficando assustadas. A gente tem um menu de diferentes tipos de imunizantes, alguns com eficácias diferentes, e as pessoas começam a querer escolher qual vacina tomar e acabam esquecendo que estamos em um momento crítico. As vacinas que se tem atualmente são suficientes para a gente sair desse momento crítico do país e tirar os pacientes graves dos hospitais. Cada vacina tem suas características e pode levar a um evento adverso, mas as pessoas não podem escolher. Temos que vacinar com o que temos", orienta a médica.

A infectologista também deixou uma orientação sobre a vacinação de moradores do DF com comorbidades, grupo que já pode agendar a aplicação da primeira dose. “Para as pessoas que têm algum tipo de doença, a gente tem que lembrar que o Programa Nacional de Imunização (PNI) já diz que é pautado para diminuir morbidade e mortalidade em pessoas de doenças imunopreveníveis. É um grupo mais vulnerável porque quem tem uma doença, tem um risco maior de complicar (o quadro de saúde). A gente viu que, no início (da pandemia), era mais os idosos afetados, depois vimos as comorbidades associadas, como obesidade, diabetes e cardiopatias. Então, eles devem ser priorizados. A vacina é segura. Quem tem algum tipo de comorbidade, tem que ir se imunizar”, aconselha a especialista.

Confira a entrevista completa:


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  • A médica explicou como a baixa procura por vacinas atrapalha o combate à pandemia.
    A médica explicou como a baixa procura por vacinas atrapalha o combate à pandemia. Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press
  • A médica explicou como a baixa procura por vacinas atrapalha o combate à pandemia.
    A médica explicou como a baixa procura por vacinas atrapalha o combate à pandemia. Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press
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