Nesta sexta-feira (7/5), o primeiro dos três hospitais de campanha, construídos pelo Governo do Distrito Federal como forma de combate à pandemia de covid-19, deve começar a receber pacientes. A estrutura, instalada no Centro Olímpico do Gama, contará com 100 leitos de unidades de cuidados intermediários (UCIs) com ventilação mecânica, drogas vasoativas e diálise à beira leito, o que permite o atendimento a pacientes em estado grave. Nessa quarta-feira (5/5), os técnicos da Secretaria de Saúde realizaram uma vistoria na unidade e autorizaram o início dos atendimentos.
A previsão anterior era de que os hospitais de campanha abrissem as portas em 14 de abril. Porém, a unidade do Gama, com investimento de R$ 6.875.000, será a primeira a entrar em funcionamento mais de 20 dias depois do primeiro prazo estabelecido. A expectativa da pasta é de que as outras duas unidades — no Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Plano Piloto, e em Ceilândia, na Escola Parque Anísio Teixeira — também comecem a receber pacientes nas próximas semanas. A data depende do andamento das vistorias realizadas por técnicos da secretaria para verificar se as estruturas e leitos atendem às especificações e se estão em pleno funcionamento.
Atualmente, há 480 leitos de UTIs para o tratamento do coronavírus na rede pública, sendo que 84,75% está ocupado, 70 unidades estão livres e 21 bloqueadas aguardando liberação. Na rede privada, a ocupação é de 90,39%. Dos 375 leitos, 33 estão disponíveis e 40 bloqueados. Na fila por uma UTI, nessa quarta-feira, havia 136 pessoas, sendo 29 com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus.
O número de casos, de acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, chegou a 383.030, sendo que 799 foram notificados nessa quarta-feira. O DF acumula 7.978 mortes, 52 notificadas nas últimas 24h. A média móvel de casos na capital federal chegou a 900, 15,16% menor que o índice de 14 dias atrás. Já a mediana de mortes está em 37,14, menos 38 do que há 14 dias. A taxa de transmissão está em 0,95.
Vacinação continua
Nessa quarta-feira, a partir do meio-dia, as pessoas com comorbidades, de 55 a 59 anos, puderam realizar o agendamento para a vacinação contra a covid-19. Porém, pessoas relataram dificuldades em acessar o site. Segundo a Secretaria de Saúde, havia, inicialmente, apenas 29 mil vagas disponíveis, pois era o número de doses que estavam nas regiões de saúde. Ao longo do dia, a pasta distribuiu mais 30 mil doses, das 60 mil da AstraZeneca destinadas a esse público, e reabriu o agendamento. “Só abrimos as vagas quando as doses estão nas unidades de saúde para sabermos para onde mandar os pacientes e termos segurança”, explicou a subsecretária de Planejamento em Saúde, Christiane Braga.
Até as 19h de quarta-feira, segundo balanço da secretaria, 115 mil pessoas com comorbidades haviam se cadastrado no sistema e 29 mil agendado a aplicação da primeira dose (D1) para os próximos dias. A expectativa é que, nesta sexta-feira (7/5), as pessoas com comorbidades e 59 anos comecem a receber os imunizantes. Até o fechamento desta edição, campanha havia vacinado 478 mil com a D1 e 274 mil com a D2. Nessa quarta, 7.512 receberam a primeira dose e 4.297, o reforço.
Na terça-feira, a Secretaria de Saúde chegou a divulgar que puérperas com comorbidades estariam fora do primeiro grupo de vacinação. No entanto, no dia seguinte, a pasta corrigiu a informação e afirmou que tanto grávidas quanto puérperas portadoras de alguma comorbidade estavam incluídas na primeira etapa da vacinação e contempladas com as 10 mil vagas iniciais do agendamento.
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