A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descartou a hipótese de que criança de 1 ano tenha morrido ao cair de um berço, em Samambaia. O Correio obteve informações do laudo cadavérico, que indicou que Yasmim Sophia Moura Boudoux sofreu diversas lesões no corpo em um períodos distintos. A mãe da menina e o padrasto foram presos temporariamente nesta terça-feira (4/5).
Yasmim morreu no fim da tarde de 13 de fevereiro. Inicialmente, a ocorrência foi registrada como acidente. A mãe não estava em casa e a menina foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas já estava sem vida. Aos policiais, o padrasto alegou que o filho de 2 anos da mulher teria tentado tirar a bebê do berço, quando ela caiu.
A investigação, no entanto, teve uma reviravolta após a constatação do laudo cadavérico, que indicou que a menina morreu em decorrência de ação humana. "A queda do berço não iria causar a morte da criança. Estamos investigando para saber se foi um homicídio ou maus-tratos que resultaram em morte. Mas a hipótese de acidente está totalmente descartada", afirmou o delegado-chefe da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), Rodrigo Larizzatti.
Conforme informações obtidas pela reportagem, Yasmim apresentava cinco hematomas no pescoço, que podem indicar dedos da mão, fraturas no ombro, no crânio e nas costelas. Além de um hematoma na testa, na parte de trás da cabeça e lesão no olho direito. As nádegas apresentam infecções e restos de fezes que, segundo as investigações, reforçam a tese de que a criança sofria maus-tratos.
Prisão
Detido na terça-feira, o casal prestou depoimento e negou veemente as acusações. Questionado sobre a fratura no ombro da criança, o padrasto, que é vigilante, alegou que varria a casa e Yasmim estava com o braço para fora do berço, momento em que ele afastou o móvel, batendo contra a parede. A versão não convenceu a polícia.
Os dois foram presos por 30 dias e devem ser ouvidos novamente pela polícia nos próximos dias. Os outros dois filhos da mulher, de 5 e 2 anos, estão sob a guarda da avó materna e são acompanhados pelo Conselho Tutelar.
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