Vacinas

Covid-19: Vacinas da Pfizer ainda não estão sendo aplicadas no DF

O Comitê de Vacinação estuda a melhor forma de aplicar o imunizante, uma vez que ele necessita de um preparo diferente das outras vacinas

Samara Schwingel
postado em 05/05/2021 13:44 / atualizado em 05/05/2021 13:44
A secretaria de Saúde ainda discute como será feita a aplicação -  (crédito: Christof Stache/AFP)
A secretaria de Saúde ainda discute como será feita a aplicação - (crédito: Christof Stache/AFP)

As 5,8 mil doses da vacina contra a covid-19 Pfizer/BioNTech ainda não estão sendo aplicadas no Distrito Federal. O Comitê de Operacionalização da Vacinação ainda discute e avalia a melhor forma de aplicar o imunizante, uma vez que ele necessita de um preparo diferente das outras vacinas. A expectativa é que todas as doses sejam utilizadas na população com comorbidades e que a aplicação comece na próxima semana. 

Segundo a Secretaria de Saúde, a vacina da Pfizer necessita de um preparo minucioso, não apenas com o diluente, mas inclusive com sua forma de agitação. Sendo assim, as doses devem ficar em unidades específicas visando a melhor aplicação.

Ainda de acordo com a pasta, como a vacinação desta semana utiliza as doses da AstraZeneca, que foram recebidas no DF em quantidade suficiente para atender os primeiros grupos de comorbidades, a previsão é que a aplicação da Pfizer seja iniciada na próxima semana. Após chegar nas unidades de saúde e serem armazenadas em temperatura de 2 a 8ºC, as vacinas deve ser usada em prazo máximo de 5 dias. 

Agendamento

Às 12h desta quarta-feira (5/5) teve início o agendamento do segundo grupo de comorbidades, composto por pessoas de 55 a 59 anos e portadoras das doenças citadas no plano da Secretaria de Saúde (Veja mais abaixo). Além disso, como o primeiro grupo não preencheu as 10 mil vagas disponibilizadas, o agendamento ainda está aberto, assim como para os profissionais de saúde da rede privada. 

Condições de saúde
» Diabetes mellitus: tipos 1 e 2;

» Pneumopatias crônicas graves: incluem asma e bronquite em condições graves; doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), inflamação causada pela limitação do fluxo de ar por inalação de toxinas, como aquelas presentes na fumaça do cigarro; enfisema pulmonar; e fibrose pulmonar;

» Hipertensão arterial resistente (HAR): o paciente tem a pressão arterial controlada por diferentes tipos de medicação;

» Hipertensão arterial estágio 3: a condição de hipertensão arterial é dividida em estágios crescentes de gravidade, conforme a faixa de pressão cardíaca;


» Hipertensão arterial estágios 1 e 2, com LOA (lesão de órgãos alvo) ou comorbidade: ocorre quando a alteração na pressão cardíaca do paciente, mesmo que não seja grave, altera a função de outro órgão;

» Insuficiência cardíaca;

» Cor pulmonale e hipertensão pulmonar: eleva a pressão cardíaca por alteração no pulmão, prejudicando a respiração do indivíduo;

» Cardiopatia hipertensiva: causada pela alteração da função cardíaca devido ao aumento da pressão, levando ao inchaço do coração;


» Síndromes coronarianas: presentes nas pessoas com suscetibilidade a ou que tiveram infarto;

» Valvopatias: problemas nas quatro válvulas cardíacas que impedem o retorno do sangue ao coração;

» Miocardiopatias e pericardiopatias: a primeira é a alteração do músculo cardíaco; a segunda envolve dificuldades na membrana que cobre o coração, como inflamações;

» Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas: envolvem pessoas sob tratamento de diálise e doenças dissecantes, como aneurisma da aorta;


» Arritmias cardíacas: alteração no ritmo dos batimentos cardíacos;

» Cardiopatia congênita no adulto: a pessoa nasce com doenças que alteram a função cardíaca, como Tetralogia de Fallot, insuficiência cardíaca, arritmias e comprometimento no miocárdio, o músculo do coração;

» Próteses valvares e dispositivos cardíacos: diz respeito a indivíduos submetidos a cirurgias no coração, como para inserção de marcapasso e troca de válvulas;

» Doença cerebrovascular: inclui acidente vascular cerebral (AVC) e demência vascular;


» Doença renal crônica;

» Imunossuprimidos: incluem indivíduos congenitamente com baixa produção de anticorpos, como os transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; portadoras de HIV; doenças reumáticas com uso de corticoides; pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses; e neoplasias hematológicas, causadas pela multiplicação acelerada de células sanguíneas, como leucemia;

» Anemia falciforme: é um tipo de anemia em que as hemácias do sangue têm forma de foice. É uma doença no sangue que atinge, em sua maioria, a população negra. A hemácia em formato diferenciado prejudica a circulação do sangue, levando a tromboses no rim, pulmão e baço, entre outros órgãos;

» Obesidade mórbida: pessoas com índice de massa corpórea (IMC) superior a 40 ou pessoas com IMC maior que 35 com disfunções orgânicas, como obesidade e hipertensão;

» Síndrome de Down;

» Cirrose hepática;

» Grávidas com e sem comorbidades;

» Mulheres em puerpério: até dois meses após o parto.

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