As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Distrito Federal continuam com taxas de ocupação elevadas: na manhã deste sábado (24/4), 96,56% dos 470 leitos estavam ocupados. Segundo o monitoramento do painel InfoSaúde, restam apenas 16 vagas em toda a rede pública para o tratamento de pacientes mais graves acometidos pela covid-19. Um leito está bloqueado e quatro esperam por liberação.
Para os adultos, que são maioria dos infectados, há cinco leitos. Com isso, a lotação desse tipo está em 98,88%. Quanto aos leitos pediátricos, a rede pública ainda dispõe de seis vagas. Com isso, a lotação é de 40%. No caso dos leitos para recém nascidos, há cinco livres, o que corresponde a 37,5% desses total.
Fila de espera
A fila de espera por uma dessas vagas ainda é longa: até às 7h45, 99 pacientes com suspeita ou confirmação para a doença aguardavam por alocação nesses leitos.
No DF, a infecção tem se tornado mais letal: o mês de abril, antes mesmo de terminar, já acumula maior quantidade de mortos pela covid-19 do que qualquer mês da pandemia:foram 1.465 até esta sexta (23/4). Ao todo, 371.719 notificações da doença foram registradas na capital federal desde o início da crise sanitária, e 7.494 óbitos.
Rede privada
Nos hospitais privados, a situação também é alarmante. Dos 400 leitos de UTI mobilizados para os adultos com coronavírus, 92,88% estão cheios. Na rede privada restam 26 leitos livres para esses pacientes. Ao todo, 35 leitos estão bloqueados. Para as crianças, há dois leitos de tratamento intensivo. Um está ocupado e o outro está vago. Desse modo, a taxa de ocupação é de 50%.
Novos leitos
Nessa sexta, o governador Ibaneis Rocha (MDB) visitou as obras da unidade de saúde que será acoplada ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam), reforçando a capacidade da rede pública em 100 novos leitos de enfermaria para pacientes com covid. A expectativa é que o espaço seja entregue no início de maio.