A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) formalizou ao Sindicato dos Metroviários (Sind-metro) uma série de novas propostas para evitar que a categoria dê início à greve marcada para esta sexta-feira (16/4). A ideia é chegar a um consenso sobre os termos do acordo coletivo deste ano.
O Metrô propôs que a jornada de trabalho dos metroviários seja de 9h30, e o intervalo de descanso seja reduzida para meia hora. Além disso, agentes de estação, inspetores e operadores de transporte que atuarem na venda de bilhetes terão direito a uma gratificação, que equivale a 10 bilhetes unitários do metrô.
Outra proposta da empresa é um ajuste nos salários. Se o empregado integrar uma profissão regulamentada, vai receber o salário previsto para aquele serviço, mesmo que esse valor seja maior do que o salário-base pago atualmente pelo metrô, que vai complementar o pagamento. A empresa também propôs arcar com os percentuais de 3% a 4% da previdência privada dos trabalhadores.
O metrô comprometeu-se ainda a implementar a escala de trabalho 3x2 para os empregados lotados nos postos operacionais das áreas de Estações e Segurança no prazo de 30 dias após a assinatura do acordo coletivo. Por meio de nota, o Metrô-DF reiterou que não tem autonomia financeira, e as negociações são submetidas ao governo do Distrito Federal.
Os metroviários cobram o pagamento da 13ª parcela do auxílio-alimentação e a retirada de benefícios. O Metrô reiterou que, sem a assinatura do acordo coletivo, não há amparo legal para continuar com o pagamento desses benefícios.
Em assembleia nesse domingo (11/4), a categoria deliberou pela greve que começaria nesta sexta (16/4). A categoria fixou que 30% dos trabalhadores continuariam em serviço, para que o transporte não fosse paralisado por completo. A reivindicação dos funcionários é que o acordo coletivo, que prevê benefícios os metroviários, fosse assinado.
Uma nova assembleia está marcada para a noite desta quinta-feira (15/4). "Para a gente não tem nada de novo, mas quem decide é sempre a categoria. A gente só vai saber na assembleia. Estamos nesse impasse", diz a diretora sindical Neiva Lopes. "Ninguém recebeu o ticket, porque não se avança nas negociações. Abrimos mão de tudo, não tem aumento, não tem reajuste, era só manter o que tem".