A uma semana de completar três meses, a campanha de vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal imunizou com duas doses 4,52% da população com mais de 18 anos — público a ser atendido após o fim de todas as etapas. Essa parcela é formada por 2.309.944 habitantes, segundo dados da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Apesar de ainda não ter chegado a 5%, a capital do país está à frente da média nacional, de 2,95%.
A CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, precisa de intervalo de até 28 dias entre as aplicações. No caso da Covishield, da Oxford/AstraZeneca, o ideal é até três meses. A médica Valéria Paes, da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, explicou que o recomendado é tomar o reforço dentro do prazo estabelecido. Assim, o processo de imunização permitirá combater a pandemia. “Sem a segunda dose, o paciente fica com a proteção incompleta, e isso pode repercutir no cenário como um todo.”
Mesmo com a entrega de mais 1,5 milhão de vacinas do Instituto Butantan para o Ministério da Saúde, na segunda-feira (12/4), a Secretaria de Saúde do DF não informou quando deve receber a uma nova remessa de imunizantes. Procurado pela reportagem, o ministério comunicou que aguarda os técnicos do Programa Nacional de Imunizações (PNI) definirem como será a distribuição das novas unidades. Na segunda-feira (12/4), o DF atendeu mais 3,2 mil pessoas que receberam a primeira dose — totalizando 329,6 mil aplicações — e 4 mil com a segunda (104,3 mil).
Mais jovens internados
A média móvel de mortes da covid-19 continua a subir no Distrito Federal. Nessa segunda-feira (12/4), o indicador ficou 26% acima do valor registrado há 14 dias. Já o cálculo do número de casos teve queda de 18%, na comparação com o mesmo período. O boletim diário mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde confirmou 86 novos óbitos provocados pela doença, 11 só ontem. Os demais ocorreram entre 16 de março e 11 de abril. Com os registros, o DF soma 6.840 vítimas — 1,9% dos infectados.
Em 24 horas, a pasta confirmou 1.002 novos casos da doença, levando o total para 360.124. Às 18h10, horário da última atualização de segunda-feira (12/4) do portal da Secretaria de Saúde, a ocupação de leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs) da rede pública para pacientes com covid-19 estava em 96,08%. Na rede particular, essa taxa chegou a 99,7% — havia apenas uma vaga disponível.
Nessa segunda-feira (12/4), o Executivo local destacou que, em março, a internação de pessoas com até 24 anos para tratamento contra a covid-19 aumentou 3.600%, na comparação com janeiro último. No mesmo período, a internação de idosos com mais de 80 anos sofreu queda de 9,1%.