Saúde

Covid-19: secretário de Saúde garante que há estoque de insumos e EPIs

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, apresentou dados durante audiência pública com parlamentares da Câmara Legislativa (CLDF)

O secretário de Saúde Osnei Okumoto afirmou que não faltam insumos na rede pública para atender aos pacientes infectados pela covid-19. O chefe da pasta participou, nessa quarta-feira (7/4), de uma audiência pública com deputados integrantes da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara Legislativa (CLDF) e apresentou o balanço de atividades de setembro a dezembro de 2020.

Segundo Okumoto, há estoque de medicamentos para os próximos 60 dias. Durante a reunião, o secretário destacou que a prioridade é vacinar a população e mobilizar mais leitos de enfermaria e em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento dos pacientes infectados.

Por ora, a imunização dos idosos até 66 anos está interrompida por falta de novas doses. Na manhã desta quinta-feira (8/4), havia apenas uma vaga de UTI nos hospitais públicos. Ao todo, 265 pessoas com suspeita ou diagnóstico para a covid-19 estão na fila de espera por uma vaga.

Os gestores da saúde foram questionados pelo deputado Leandro Grass (Rede) quanto ao não cumprimento do Plano de Mobilização de Leitos. A subsecretária de planejamento, Christiane Braga, ressaltou que a quantidade de leitos na rede saltou de 390 para 770, mas reconheceu que o número é insuficiente para absorver a demanda e que há restrições legais para a contratação de pessoal. Além disso, fornecedores de equipamentos não conseguiram entregar os pedidos.

Execução do orçamento

No ano passado, o orçamento da Saúde recebeu um incremento de R$ 1,1 bilhão. Ao todo, R$ 937 milhões foram direcionados para o combate à covid-19. Ainda assim, o investimento na Atenção Primária teve uma redução de R$17,7 milhões. Outros R$15 milhões não foram executados. Com a pandemia, os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) tiveram uma redução de 14,3%.

Balanço

Dos R$ 3,5 bilhões de recursos do governo local para a Saúde, a secretaria executou 93,2% desse dinheiro. Outros 99,6% oriundos do Fundo Constitucional, que somavam R$4,1 bilhões, foram gastos. Desse montante, cerca de R$6 bilhões foram destinados ao pagamento de pessoal.