Durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (5/4), o secretário da Saúde, Osnei Okumoto, afirmou que há previsão de recebimento de mais 10 mil doses de vacinas contra a covid-19 na próxima quarta-feira (7/4). No entanto, não se sabe ainda as orientações do Ministério da Saúde para a aplicação dos imunizantes — se para primeira ou segunda dose — e o público-alvo da vacinação não deve ser ampliado.
"Recebemos a orientação do Ministério da Saúde de aplicação do quantitativo recebido na quinta-feira passada apenas de noite", explicou o secretário. A última remessa de imunizantes envolveu 116 mil doses, mas o Ministério da Saúde informou que elas deveriam ser usadas, quase que totalmente, para aplicação da segunda dose, o que impactou o cronograma de aplicação.
A Secretaria de Saúde (SES-DF) havia anunciado, na última quinta (1º/4), que a vacinação de idosos com 66 anos teria início no sábado (3/4). Conforme o Correio apurou, porém, do quantitativo recebido na semana passada, apenas 1.111 estavam destinadas para a imunização dessas pessoas. Com poucas vacinas disponíveis, alguns idosos dormiram na fila para garantir uma dose do imunizante.
"A SES conseguiu ampliar a quantidade de vacinas disponíveis para esses idosos para cerca de 3,6 mil graças ao remanejamento de doses remanescentes não usadas nas unidades de saúde", explicou o secretário. "Se usarmos a D2 (segunda dose da vacina) como D1, as pessoas que deveriam receber a segunda dose perdem a imunização adquirida com a primeira. E não teríamos como garantir a D2 para as pessoas que receberiam a primeira aplicação", acrescentou.
Proporcionalidade
O secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, avaliou, durante a coletiva, que o Distrito Federal tem recebido menos doses, proporcionalmente, em relação aos estados. "Alguns estados receberam vacinas para cerca de 28% da população. O DF recebeu o correspondente a 18%", destacou Gustavo Rocha.
O levantamento foi feito pela equipe técnica da Secretaria de Saúde com base na quantidade de doses recebida pelas unidades federativas e a população, com dados do IBGE, dessas localidades.
"Há tratativas para envio de mais doses para o DF, já pedimos mais vacinas para o ministério, até por conta das pessoas do Entorno e de outros estados que têm se vacinado aqui", esclareceu Gustavo Rocha.
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, explicou que o levantamento acerca da cidade de quem é vacinado é feito por meio do cartão do SUS e do DDD do telefone informado pelo paciente no cadastro, já que não é pedido comprovante de residência no momento da vacinação.