A taxa de desemprego total no Distrito Federal avançou no primeiro trimestre do ano. Em março, mais de 18 mil pessoas ficaram desempregadas. Com o acréscimo, o total de brasilienses desocupados no mês alcançou 316 mil, taxa de 19,5%. É o quarto aumento consecutivo na capital federal. Em fevereiro, o percentual de desempregados no DF era de 18,6%, do total de 298 mil pessoas.
Os dados são da Pesquisa Emprego e Desemprego (PED), elaborada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o documento, o aumento do índice é resultado do crescimento do número de pessoas em desemprego aberto e em desemprego oculto. “O acréscimo na taxa de desemprego total refletiu o crescimento da taxa de desemprego aberto, que passou de 16% para 16,6%, e da taxa de desemprego oculto, de 2,6% para 2,9%”, afirma a pesquisa.
O conceito de desemprego aberto compreende as pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores à pesquisa, sem exercer nenhum trabalho nos últimos sete dias. Já o desemprego oculto engloba tanto quem busca emprego antes da pesquisa e realiza, de forma irregular, algum trabalho, quanto quem está desempregado e não procurou ocupação por desestímulo do mercado de trabalho.
De acordo com a coordenadora de Pesquisas de Mercado de Trabalho do Dieese, Lucia Garcia, a piora do quadro consolida tendência observada desde a virada do ano. “Isso ocorre, principalmente, porque há uma necessidade de manutenção e renda da população que, mediante o fim do programa de auxílio emergencial, voltou a procurar trabalho e não encontra, pois as ocupações não são geradas”, afirmou.
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