O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte do Distrito Federal (Sinttrater) marcou para a 0h da próxima sexta-feira (30/4) uma paralisação total de 24 horas. Os rodoviários cobram a vacinação dos trabalhadores contra a covid-19. Atualmente, o grupo prioritário de imunização alcança os idosos, profissionais de saúde e integrantes de forças de segurança, por exemplo.
"Mas, que dizer dos trabalhadores do transporte coletivo que, embora trabalhando em espaço apertado, por longo período diário, considerados categoria essencial, ou seja, atividade que não pode parar, em contato permanente com infectados que buscam atendimento médico, ou que são assintomáticos, ter recebido classificação em 22ª posição?", questiona a categoria, que tem 12 mil rodoviários e acumula 25 mortes entre os trabalhadores.
A paralisação deve ocorrer em meio à greve de outro setor: os metroviários, que estão parados desde a semana passada. Por uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho, 80% das composições estão em circulação. Segundo o governo, com a chegada das próximas remessas de doses, a intenção é ampliar a imunização para idosos até 60 anos.
Esta será a terceira manifestação da categoria para demonstrar a insatisfação em relação ao cronograma de vacinação, que ainda não abrange os rodoviários. O Ministério da Saúde orienta os estados a vacinar as pessoas com comorbidades depois da imunização de idosos até 60 anos. O sindicato quer que os rodoviários sejam vacinados juntamente com os agentes da segurança e os professores.
Há duas semanas, os motoristas e cobradores cruzaram os braços no fim da tarde e os passageiros foram pegos de surpresa pela movimento. No início de abril, além da paralisação, os rodoviários ainda fizeram uma carreata no Eixo Monumental até o Ministério da Saúde para cobrar agilidade na aquisição e distribuição de imunizantes pela pasta.
O DF aguarda a entrega de novas remessas de imunizantes pelo Ministério da Saúde. A expectativa é que, nesta semana, sejam recebidas as primeiras doses da vacina da Pfizer/BioNtech, que se soma aos inoculantes da Sinovac (Coronavac) e de Oxford/AstraZeneca (Covishield), utilizados no programa nacional de imunização.
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