A greve dos metroviários do Distrito Federal completou uma semana nesta segunda-feira (26/4) e continua sem previsão de terminar. A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou que aguarda votação de proposta encaminhada à categoria em 14 de abril. Por outro lado, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF) alega que não há o que ser votado, pois a firma apresentou um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sem novas propostas.
O secretário de Relação Sindical do SindMetrô-DF, Hugo Lopes, afirma que não há mais negociação com a companhia. "A única forma de resolver é se a empresa entrar com dissídio de greve e deixar a Justiça resolver. Eles não entram porque querem massacrar os trabalhadores e, com isso, também a população. A única culpada pela greve é a direção do Metrô-DF, que não assinou acordo da mesma forma como antes", argumentou.
A categoria denuncia que a Metrô-DF tem descumprido cláusulas do ACT de 2019 ao último dia 31, quando expirou a validade do documento. O SindMetrô-DF afirma que a empresa sequer assinou um novo acordo. "O sindicato não propôs qualquer reajuste para acabar com a greve. Só precisamos que o governo assine o documento, prorrogando o acordo por mais dois anos", destaca Hugo Lopes.
A categoria teme que a paralisação se assemelhe à de 2019, quando os metroviários ficaram em greve por 77 dias. Por meio de nota, a Metrô-DF informou que "continua tomando todas as medidas administrativas e judiciais para evitar transtornos à população".
A companhia ressalta que o valor do auxílio-alimentação cobrado pela categoria durante a greve atual permanece o mesmo que os metroviários recebiam anteriormente. "Sobre a parcela extra do auxílio (a 13ª), não há previsão legal para pagamento, conforme entendimento do Tribunal de Contas do DF", enfatiza a empresa.
Aumento na circulação
As negociações entre a categoria e a Metrô-DF começaram em fevereiro, na busca de uma saída para cumprimento de sentença judicial após a última greve, em 2019. No entanto, desde 1º de abril, os funcionários estão sem definição sobre o acordo coletivo, sem receber auxílio-alimentação e outros benefícios.
Na sexta-feira (23/4), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deferiu pedido do Distrito Federal e da Metrô-DF para aumentar o percentual mínimo de trens em circulação durante a greve. A corte ampliou de 60% para 80% a frota no horário de pico e de 40% para 60% nos demais períodos do dia. Esse pedido havia sido negado pela Justiça no dia anterior.
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