Na manhã desta sexta-feira (23/4) restavam apenas três leitos adultos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais públicos para tratar os pacientes mais graves acometidos pela covid-19. Com isso, a taxa de ocupação indicada no painel InfoSaúde desses leitos era de 99,33%.
Ao todo, há 11 leitos vagos na rede pública: três deles são pediátricos e oito neonatais. Assim, o índice de lotação chega a 70% e 37,5%, respectivamente, para cada tipo de leito.
A rede pública dispõe de 470 leitos de UTI no total. Desses, 454 estão cheios, um está bloqueado e quatro esperam liberação para uso. Com isso, às 6h25, a taxa de ocupação total é de 97,63%.
Fila de espera
À espera de um desses leitos de tratamento intensivo estão 100 pacientes internados com suspeita ou confirmação do diagnóstico para covid-19. Até esta quinta-feira (22/4), a capital federal acumula 369.808 notificações de infecção por coronavírus, e 7.388 mortes em decorrência da doença.
Rede privada
Nos hospitais privados, a pressão também é elevada: a taxa de ocupação dos leitos adultos é de 95,15%: há 18 vagas para esses pacientes. Quando se observa a ocupação de leitos pediátricos, esse índice é de 50%. A rede privada tem dois leitos de UTI para crianças com covid-19, um deles está ocupado.
No total, os hospitais privados mobilizaram 437 leitos de UTI para pacientes mais graves com a infecção. Desses, 354 estão cheios e 64 estão bloqueados.
Hospitais de campanha
Em março, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a mobilização de três novos hospitais de campanha para ampliar a oferta de leitos de UTI em 300 vagas. No entanto, durante coletiva de imprensa nessa quinta, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha reconheceu que houve uma falha na comunização, e que na realidade, os leitos não são de UTI, mas de cuidados intermediários (UCI). Ele ressaltou que os leitos terão os mesmo equipamentos que unidades de tratamento intensivo para zerar a fila de espera. Os hospitais ainda não foram inaugurados.
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