Além da greve do metrô, na manhã desta quarta-feira (21/4), os funcionários da Marechal decidiram cruzar os braços e nenhum ônibus saiu da garagem. A empresa tem quase dois mil funcionários que deveriam ter recebido o adiantamento do salário de abril na terça-feira (20/4). Os rodoviários garantem que até sair o pagamento a paralisação continua.
Segundo a Marechal, o GDF não realizou o repasse de dinheiro para a empresa e devido a isso a previsão é que os valores sejam pagos na quinta-feira (22/4). No entanto, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) defende que o pagamento de salários e benefícios aos funcionários da Marechal é de responsabilidade da própria empresa.
“A Marechal dispõe de outros recursos para o cumprimento dessas obrigações”, declara a pasta que diz acompanhar a situação e determinou que as outras empresas reforcem as linhas na área operacional da Marechal para que haja transporte para a população na região.
A greve do metrô e dos rodoviários afeta, pelo menos, seis regiões da capital do país (confira a lista abaixo).
Greve do metroviários
Na saída da missa na catedral em comemoração aos 61 anos de Brasília, nesta quarta-feira (21/4), Ibaneis Rocha (MDB) comentou a paralisação da Marechal que, segundo ele, deve se encerrar logo. “A greve da Marechal é por conta de pagamento e até amanhã eles devem receber. O salário atrasou um dia e eles já decidiram parar”.
Ibaneis também aproveitou para comentar a greve do metrô, que começou na última segunda-feira (21/4). “A greve dos metroviários é totalmente política, pois veio contra a concessão que está sendo analisada pelo Tribunal de Contas. E contra greve política não tem jeito, temos que resolver isso na justiça”, afirmou.
O governador disse que, por isso, vai recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) contra a paralisação da categoria.
Segundo Hugo Lopes, secretário de relação sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Metroviários do DF (SindMetrô), quem está causando a greve é o próprio Ibaneis. “Nós só queremos que assine o Acordo Coletivo (AC). Abrimos mão até da escala, só da sentença normativa. Quem sofre é a população, infelizmente. E nós também, que não queríamos optar pela greve”, disse. A principal reivindicação da categoria é o restabelecimento do acordo coletivo de Trabalho (ACT).
Regiões afetadas pela greve da Marechal:
- Guará
- Ceilândia
- Taguatinga
- Águas Claras
- Vicente Pires
- Estrutural
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