Às 11h desta segunda-feira (19/4), apenas seis dos 24 trens do metrô estavam em circulação. Com a deflagração da greve dos metroviários, o efetivo de funcionários foi reduzido a 30% do total, assim como a quantidade de composições. O tempo de espera nas 27 estações é de quase meia hora.
No início da manhã, por uma determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), 60% do funcionamento do metrô foi mantido, por se tratar de horário de pico. Por isso, 14 trens estavam em circulação e à espera nas plataformas era de 14 minutos.
Os funcionários do metrô cruzaram os braços pela manhã e reivindicam a assinatura do acordo coletivo da categoria, sem a redução de direitos, como o pagamento do 13º, auxílio-alimentação e cobertura do plano de saúde.
A paralisação estava acertada pelos metroviários desde a semana passada e o início da greve havia sido aprovado para a sexta-feira (16/4). Contudo, diante da apresentação de uma nova proposta pela Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), os metroviários resolveram adiar para essa segunda (19/4). Não há prazo para o fim da greve.
Reforço nos ônibus
Diante da paralisação, a secretaria de Mobilidade e Transporte (Semob), em um acerto com as concessionárias, decidiu ampliar a quantidade de viagens feitas pelos ônibus que saem da região Oeste do Distrito Federal com destino ao Plano Piloto.
Com o plano emergencial, 30 linhas de ônibus que partem das cidades de Samambaia, Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras e proximidades serão reforçadas. Veículos que faziam outros itinerários seriam remanejados para ampliar a frota dessas localidades, não só nos horários de pico, mas também pela manhã e à noite.
Faixas exclusivas
No entanto, as mudanças para desafogar o trânsito se limitam aos coletivos. O Departamento de Trânsito (Detran) e o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) afirmaram que as faixas exclusivas para ônibus, táxis e transporte escolar seguem proibidas para os veículos de passeio. É o caso das vias W3 Sul, W3 Norte, Setor Policial Sul e Eixo Monumental, e também EPTG Epia, BRT-Sul e EPNB. Segundo o DER, a dinâmica das faixas reservas nos horários de pico também está mantida nas DF-095, BR-070 e DF-003.
Horários de funcionamento
A liminar do TRT estabelece que o SindMetrô-DF, em caso de paralisação, deve manter ao menos 60% da operação, conforme texto a seguir:
Em dias úteis
Horários de pico: das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30;
Horários de "vale" diurno: das 8h45 às 16h45;
Horários de "vale" noturno, das 19h30 às 23h30;
Aos sábados
Horários de "pico": das 6h às 9h45 e das 17h às 19h15;
Horários de "vale" diurno, das 9h15 às 17h;
Horários de "vale" noturno, das 19h15 às 23h30;
Domingos e feriados
Circularão 40% dos trens que, normalmente, operam nesses dias;
Nos dias úteis e aos sábados, nos horários de "pico" deverão ser mantidos com 60% de atividade do quantitativo de trens que normalmente circulam nesses períodos. Nos horários de "vale" diurno e noturno, devem ser mantidos em atividade 40% dos trens que normalmente circulam nesses períodos. O TRT impôs multa diária de R$100 mil caso ocorram descumprimento da decisão.
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