AOS 78 ANOS

Morre a professora de história da UnB Geralda Dias, vítima da covid-19

Nascida em Patos de Minas, Geralda ingressou no mestrado na UnB, mas teve os estudos interrompidos pela ditadura militar. Nesse período, ela mudou-se para o México, onde foi professora titular da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam)

Darcianne Diogo
postado em 17/04/2021 22:58 / atualizado em 17/04/2021 22:59
Renomada no meio acadêmico, Geralda perdeu a luta contra a covid-19 -  (crédito: Redes sociais)
Renomada no meio acadêmico, Geralda perdeu a luta contra a covid-19 - (crédito: Redes sociais)

Morreu, neste sábado (17/4), a historiadora e professora da Universidade de Brasília (UnB) Geralda Dias Aparecida, aos 78 anos, após complicações da covid-19. Admirada pelos colegas de profissão e alunos, a mineira tem um vasto currículo no meio acadêmico. Pelas redes sociais, conhecidos lamentaram a morte de Geralda.

Nascida em Patos de Minas, Geralda ingressou no mestrado na UnB, mas teve os estudos interrompidos pela ditadura militar. Nesse período, ela mudou-se para o México, onde foi professora titular da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam). De volta ao Brasil, em 1983, Geralda deu aulas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e passou no concurso da UnB.

Em Brasília, a professora se destacou no cargo de diretora da Casa de Cultura da América Latina (CAL) e do Centro de Documentação da UnB (Cedoc). Na profissão, ficou ainda conhecida pela qualidade de diálogo, de conciliação e visão universitária e orientou importantes trabalhos de conclusão de curso.

Nas redes sociais, pessoas que tiveram aula com Geralda escreveram textos em homenagem à professora. “Geralda era uma mulher alegre, divertida, de espírito libertário e apaixonada pela docência. Seus almoços mexicanos de final de semestre eram incríveis! Ela mesma cuidava de preparar os pratos deliciosos para os alunos. Também nos cedeu várias vezes sua chácara no Lago Oeste para fazermos shows da Outra Banda da História. Que possamos nos lembrar dela sempre sorridente e celebrar sua memória através de seus contos e feitos”, escreveu uma ex-aluna.

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