Em março, o Distrito Federal registrou o menor número de homicídios dos últimos 22 anos, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (12/4), também aponta redução na quantidade de vítimas dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI’s), o que inclui latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e homicídios — no primeiro trimestre deste ano, a redução chegou a 35,3%, o que significa 48 vidas poupadas nesse período.
“Em 2019, antes da pandemia, tivemos a menor taxa de vítimas de homicídio dos últimos 35 anos. Isso mostrou que a estratégia estava dando certo, mas precisávamos avançar. Em 2020 superamos esse recorde com a menor taxa dos últimos 41 anos, mesmo diante das incertezas da pandemia. Continuamos nos aperfeiçoando, com estipulação de metas até o fim de 2022 e avaliação contínua de resultados, para assim, conseguirmos manter as reduções significativas do ano passado”, enfatiza o secretário da SSP-DF, delegado Júlio Danilo.
Entre janeiro e março do ano passado, 116 pessoas foram assassinadas. No mesmo período deste ano, o número de vítimas caiu para 82, uma redução de 29,3%. As tentativas de homicídio também tiveram diminuição de 212 para 149 registros. Além disso, os crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) apresentaram queda de 70% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. “O alto percentual de resolução de crimes contra a vida da Polícia Civil foi muito importante nesse processo. A identificação e prisão de autores impactam na incidência deste tipo de crime, pois impede que estes criminosos reincidam ou mesmo sejam vítimas”, avalia Danilo.
O secretário destaca, ainda, a intensificação da operação integrada Quinto Mandamento, que realizou 3 mil abordagens a pessoas e mais de 700 a veículos nos primeiros três meses de 2021. “A intenção da operação é simples: preservar o maior bem do ser humano, que é a vida. Para isso focamos nossas ações em locais, dias e horários críticos para coibir o tráfico de drogas e para retirar armas ilegais das ruas, crimes que têm relação direta com os homicídios”, pontuou.
Para o diretor-geral da PCDF, delegado Robson Cândido, a alta capacidade técnica dos policiais e os investimentos em tecnologia e inteligência são essenciais para a efetividade das investigações. “Temos um plantão especializado, voltado somente a preservação de locais de crimes. Isso nos permite produzir conhecimento qualificado para pautar nossa atuação. Toda delegacia tem hoje um protocolo de atuação que define prioridades e procedimentos das investigações. Temos uma PCDF capacitada, que vem garantindo alto índice de condenações de criminosos”.
Integração
Para o comandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Márcio Vasconcelos, as diversas operações integradas coordenadas pela SSP/DF, como a Vita Salutem e a Quinto Mandamento, contribuíram para a redução de quase 35% nos Crimes Contra o Patrimônio (CPP), o que inclui roubos a comércio, a transeunte, em transporte coletivo, de veículo, a residência e o furto em veículo.
“Ter as forças de segurança e outros órgãos trabalhando de forma integrada foi primordial para o DF atingir números tão importantes de redução da criminalidade. A Polícia Militar sempre foi e sempre será uma parceira nas ações de combate e prevenção do crime. Continuaremos integrados a outros órgãos nesse esforço conjunto de promover a segurança e o bem estar da população”, garantiu o comandante.
Crimes contra o patrimônio
Em relação aos crimes contra o patrimônio, furto de veículos teve a maior queda (-38,5%). Na sequência, aparece o roubo em transporte coletivo (-36,7%), o roubo a transeunte (-34,6%), o roubo de veículo (-30,8%), roubo em comércio (-29,5%) e o roubo à residência (-12,5%).
“A queda nestes tipos de crime representa 3,7 mil roubos e furtos a menos no Distrito Federal. São crimes que impactam diretamente na sensação de segurança da população. A Polícia Militar e as demais forças de segurança têm o desafio de manter estes crimes em queda e, se for possível, baixar ainda mais. Com muito trabalho, coordenação e inteligência vamos conseguir”, finalizou Vasconcelos.
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