O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) vai recorrer à Justiça para manter a retomada das atividades na capital. Na manhã desta quarta-feira (31/3), a equipe jurídica do GDF trabalha na elaboração do recurso. Na terça-feira (30/3), a juíza Kátia Balbino, da Justiça Federal, decidiu que o Distrito Federal deve restabelecer o lockdown a partir de quinta-feira (1º/4).
Na decisão, a magistrada detalha que as medidas de enfrentamento à covid-19 devem ser mantidas até que a ocupação de leitos de UTI covid-19 da rede pública esteja entre 80% e 85% da capacidade de lotação e, concomitantemente, a lista de espera de leitos UTI covid-19 da rede pública esteja com menos de 100 pacientes.
A juíza acatou o pedido da Defensoria Pública da União (DPU) de 22 de março. No pedido, o órgão pede que a reabertura das atividades seja permitida apenas quando a contaminação no DF estiver controlada e a fila por um leito de UTI, diminuído.
Ao comentar a decisão da Justiça Federal, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Edson de Castro, disse à coluna Capital S/A, que "lockdown com ônibus e metrô circulando abarrotados não é lockdown. Estamos na expectativa do fim do impasse na justiça". Além disso, Castro detalhou quais demandas a entidade entregou para o GDF, com o objetivo de socorrer 32 mil empresas.
Recorde de mortes
Nesta terça-feira (30/3), o DF registrou recorde de óbitos por covid-19: 94 casos ocorridos em um intervalo de nove dias. É o maior registro desde o início da pandemia. No que diz respeito à imunização, a capital se destaca em âmbito nacional como a 4ª unidade da federação que, proporcionalmente, mais vacinou até agora. Até terça (30/3), 297.956 brasilienses receberam a primeira dose do imunizante e, deste total, 75.485 tiveram o reforço com a segunda aplicação.