Policiais civis da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) prenderam em flagrante, na tarde desta terça-feira (30/3), uma mulher, de 34 anos, acusada de tentar extorquir a própria patroa, moradora do Sudoeste. A autora trabalhava como babá na residência da vítima havia cerca de sete anos e, segundo as investigações, se passou por detetive particular afirmando estar com vídeos e fotos comprometedoras da patroa.
A vítima começou a receber mensagens pelo celular na sexta-feira (26/3). Nas mensagens, a babá, se passando por um investigador particular, exigiu que a vítima lhe pagasse R$ 15 mil para não divulgar supostos conteúdos íntimos. Em mensagens encontradas pela polícia no celular da babá, a vítima afirma que pediu um empréstimo e pede um prazo até domingo para realizar o pagamento. A mulher, no entanto, escreve: “Domingo”. Nervosa, a patroa afirma não saber quem são as pessoas e pede calma.
Como resposta, o suposto “investigador particular” deixa claro que não se trata de uma ameaça, mas que precisa receber o valor, pois “é seu trabalho”. A vítima pede, então, a garantia de que todos os vídeos e fotos serão entregues à ela após o pagamento. No mesmo dia do fato, a patroa procurou a 5ª DP (Área Central) e registrou boletim de ocorrência. As ameaças continuaram e, nesta segunda-feira (29/3), a babá exigiu que a vítima pagasse o valor em espécie.
Prisão
Nesta terça-feira, a vítima afirmou por mensagem que havia conseguido apenas R$ 8 mil da quantia exigida. “O criminoso determinou que a mulher encontrasse a babá em uma parada de ônibus. Realizamos campana no local e, lá, a vítima entregou um pacote para a babá. Em seguida, aguardamos para verificar a quem a autora entregaria o dinheiro”, detalhou o delegado-chefe da 3ª DP, João Maciel.
A autora, no entanto, entrou em um carro de transporte por aplicativo e policiais abordaram o veículo. Na delegacia, a mulher confessou a prática das extorsões. Investigações revelaram que a babá havia comprado um novo chip e o habilitou utilizando os dados da própria vítima. Ao ser questionada sobre as razões que a motivaram a praticar o crime, ela alegou que estava passando por necessidades financeiras. Disse, ainda, que agiu sozinha. Após os procedimentos legais, a autora foi recolhida ao cárcere da PCDF.