Vídeo circula nas redes sociais sugerindo a inalação de uma substância formada por água, bicarbonato de sódio e água sanitária para ajudar a prevenir e curar a covid-19. Preocupados com a desinformação, o Conselho Federal de Química (CFQ), 21 Conselhos Regionais e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes (Abipla) divulgaram, nesta quinta-feira (25/3), nota sobre o perigo dessa inalação.
O texto destaca que os "produtos saneantes, tais como a água sanitária, foram desenvolvidos para utilização sobre superfícies inanimadas, jamais para aspersão sobre a pele e menos ainda para inserção nas vias respiratórias". Conforme a nota, a inalação, proposta por fazer uso de produtos simples e acessíveis para a maior parte da população, aumenta a possibilidade de sua utilização em massa e potencializa seus riscos.
"Compreendemos que, neste momento de pandemia, grupos acabam tentados a experimentações sem qualquer tipo de controle ou registro técnico de resultados. Em consequência, é previsível que se promova a divulgação de tais experimentos. A nós, como profissionais da Química e representantes da indústria do setor de higiene e limpeza, cabe o alerta de que as consequências dessas iniciativas são invariavelmente danosas à saúde. Quaisquer substâncias são completamente seguras apenas quando obedecidas as instruções dos fabricantes que foram previamente analisadas e aprovadas pela Anvisa", diz o documento.
As entidades reforçam ainda que as "medidas de distanciamento social, higiene pessoal e vacinação em massa são as principais iniciativas respaldadas na ciência e, por enquanto, as que devem ser consideradas para o controle da pandemia".