Multa para Bolsonaro
O deputado distrital Chico Vigilante (PT) enviou um ofício ao governador Ibaneis Rocha (MDB) com a requisição de que seja aplicada multa, prevista em decreto, pelo constante desprezo do presidente Jair Bolsonaro às regras sanitárias de uso de máscara para reduzir a chance de contágio do novo coronavírus. Como exemplo, o petista citou que Bolsonaro acompanhou uma missa no Mosteiro de São Bento de Brasília, no Lago Sul, no último domingo, sem proteção facial e tirando fotos com simpatizantes. O decreto de Ibaneis estabelece penalidades, como multa, para quem anda sem máscara. Além da multa, pode render pena de até um ano de reclusão. “Solicito que a aplicação e cumprimento do referido Decreto não tenha distinção entre classes sociais e/ou política, tendo em vista que tal diferenciação não é acolhida pelo contágio ao vírus”, registrou Vigilante.
Candidatura em estudo
As eleições de 2022 podem trazer de volta ao cenário político alguns personagens muito populares no início deste século. Um deles seria o empresário Paulo Octávio, atual presidente do PSD no DF. Embora ele desconverse e se diga focado na gestão de seu grupo empresarial, uma candidatura ao Senado não está descartada.
Sucessão encaminhada
Paulo Octávio vem preparando os filhos mais novos para sucedê-lo no comando de suas empresas. Felipe Octávio Kubitschek Pereira já é um dos dirigentes das Organizações PaulOOctavio. Já André Octávio Kubitschek dirige o ramo hoteleiro — além de ser apontado como um provável candidato a deputado distrital.
Vaga do MP no Judiciário
A desembargadora Nídia Corrêa Lima, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, vai completar 75 anos na próxima sexta-feira e abre uma vaga para um integrante do Ministério Público ser nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro no TJDFT.
Mulheres do DF
Paranaense radicada em Brasília, a sócia-fundadora do escritório Barretto & Rost Advogados, Maria Augusta Rost, entrou para a lista Análise Advocacia Mulher, ranking das advogadas mais admiradas do Brasil segundo executivos jurídicos e financeiros das maiores empresas do país. Ela aparece em 3º lugar nas categorias Setor Econômico/Farmacêutico e Distrito Federal. A publicação visa fortalecer a presença feminina no mercado da advocacia empresarial e celebrar o mês que representa a busca pela equidade de gênero.
A pergunta que não quer calar….
O que muda no combate à pandemia com a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, tendo o mesmo presidente no comando do país?
À QUEIMA-ROUPA
Alberto Fraga
Ex-deputado federal (DEM-DF)
“Primeiro, precisa convencer o presidente de que essa pandemia é muito grave e que precisa redirecionar algumas posições. A compra da vacina é muito importante, mas concordo com alguns especialistas de que não é só a vacina. Temos que ter o tratamento precoce”
Como o senhor está se sentindo?
Estou bem. É o quinto dia e até agora tenho uma tosse de vez em quando. Já fui medicado, fiz todos aqueles protocolos, estive no Sírio-Libanês e com outro amigo médico. Estou bem. Minha esposa está assintomática. Só tem tosse de vez em quando. Fomos medicados juntos e, se Deus quiser, vai dar tudo certo.
Por que essa briga entre Ronaldo Caiado e Ibaneis Rocha?
Porque Ibaneis quer se meter na região do Entorno e não resolve o que tem de ser resolvido. Esse conflito sempre vai existir, mas precisa ter união dos dois governadores para resolver. O grande problema do Entorno é a falta de paternidade. O DF entende que o povo que mora no Entorno vem para Brasília e usa os equipamentos públicos, mas recolhe imposto em Goiás. Por outro lado, Goiás diz que as pessoas trabalham em Brasília. Fica essa disputa que não leva a nada.
Enquanto eles brigam, o Entorno está largado. De quem é a responsabilidade?
Sabemos que o Entorno é de Goiás, mas Brasília precisa ajudar.
O senhor teme precisar se internar e não ter vaga?
Todos que contraem esse vírus têm esse receio que a gente está vendo que chegou num ponto insuportável. Também não vou dizer que a população não se desleixou. Parece que não está vivendo uma pandemia. Mas a pergunta que fica no ar é: por que desmontou os hospitais de campanha? Por que o hospital do Mané Garrincha, que custou mais de R$ 70 milhões, foi desmanchado às pressas? Medo de investigação do MP?
Se acontecer de precisar ficar na fila, o que o senhor fará?
Uai... como todo brasileiro. Eu tenho um bom plano de saúde, vou tentar os hospitais particulares. Nesses momentos, não adianta você ter ou não ter dinheiro.
Vai tomar a vacina?
Com certeza. Vou tomar nos dois braços, na bunda, onde puder.
Falta um bom ministro da Saúde?
No momento, tem que trocar. Pazuello, mesmo que fosse um bom ministro, estava muito desgastado. E quando uma pessoa pública sofre esse desgaste, atrapalha tudo. Precisa convencer o presidente que essa pandemia é muito grave e que precisa redirecionar algumas posições. A compra da vacina é muito importante, mas concordo com alguns especialistas de que não é só a vacina. Temos que ter o tratamento precoce. Eu vi o caso de uma cidade, no interior de Minas, em que o prefeito está dando o exemplo claro de que o tratamento precoce funciona.
O senhor fez tratamento precoce?
No primeiro dia de sintoma, tomei a ivermectina, azitromicina, Annita... Mas foi no protocolo do Sírio que não tem cloroquina. Eu tomei cloroquina apenas no primeiro dia, meu médico, Dr. Carlos Rassi, que é um superespecialista, recomendou que não era para usar a cloroquina e deixei de usar.