Setembro deve ser incluído no calendário oficial de eventos do Distrito Federal como o mês do turismo cívico na capital federal. A proposta faz parte de um projeto de lei aprovado pela Câmara Legislativa (CLDF) nesta semana e que aguarda a sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB) para passar a vigorar.
O texto é de autoria do presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB) e era discutido há dois anos. Assim, Brasília, que é Patrimônio Cultural Mundial, passa a ser a única cidade com um mês inteiro dedicado à celebração da independência do Brasil.
A aprovação do projeto ocorreu justamente no ano do bicentenário da independência do Brasil, e pretende ampliar as comemorações para além do 7 de setembro. Com isso, a ideia é atrair visitantes e incentivar o turismo na cidade, que concentra monumentos e instituições ao longo de todo o mês. Para tanto, a lei serviria para fomentar a participação do poder público na organização de eventos e solenidades cívicas.
Um desses eventos ocorre na Praça dos Três Poderes, que abriga a maior bandeira hasteada do mundo, e compreende os prédios dos três poderes da República. A troca da bandeira acontece todo primeiro domingo do mês, de janeiro a julho e se tornou uma atração: além da atividade cívica, há intenso comércio de artesanatos, carrinhos de comida, shows e apresentações. Antes da pandemia de covid-19, o evento já reunia mais de 7 mil pessoas.
"Nessa perspectiva, a dimensão cívica da Cidade Capital se configura especialmente ao longo do Eixo Monumental. Ao leste, encontram-se os órgãos da administração pública federal e a oeste os edifícios da administração municipal. Os monumentos desde a Praça dos Três Poderes até a Praça do Buriti aproximam a população e os visitantes da sensação de estar na capital", justificou Prudente.
Para viabilizar o turismo em meio à crise sanitária, a Secretaria de Turismo (Setur) desenvolveu guias on-line com rotas de atrações brasilienses, e uma delas é a Rota Cívica.
*As fotos contidas nessa matéria foram tiradas antes da pandemia do novo coronavírus