O Distrito Federal registrou, nesta quinta-feira (11/3), 21 mortes causadas pela covid-19 e 1.858 novos diagnósticos. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do DF, o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chega a 312.956. Desse total, 292.406 estão recuperados e 5.048 morreram.
A taxa de transmissão na capital federal está em 1,2 — 100 pessoas infectadas transmitem o vírus a outras 120. Apesar do indicador continuar em declínio, este valor precisa permanecer abaixo de 1 para que a pandemia não avance. Em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (10/3), o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, informou que o Governo do DF não descarta medidas mais duras para conter a circulação do vírus.
Segundo o boletim epidemiológico mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), as maiores incidências estão nas Regiões Central (Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal, Lago Norte e Lago Sul) e Sudoeste (Águas Claras, Taguatinga, Vicente Pires, Recanto das Emas e Samambaia), com 74.225 e 49.382 casos, respectivamente.
Na distribuição dos casos por regiões administrativas, Ceilândia aparece em primeiro lugar, com 32.289 diagnósticos positivos para o vírus. Em seguida, o Plano Piloto, com 29.541 infectados. Taguatinga aparece em terceiro, com 24.892 doentes e, depois, Samambaia (18.088).
Fake News
O Governo do Distrito Federal (GDF) desmentiu, em comunicado nesta quinta-feira (11/3), mensagem que circula nas redes sociais sobre suposto "lockdown geral" na cidade. O Executivo informa, na nota, que 30 novos leitos de UTI foram abertos para pacientes com covid-19. Mas ainda assim, segundo nota, a situação permanece grave: "As medidas já tomadas para reduzir a taxa de transmissão da doença estão surtindo efeito - principalmente o toque de recolher a partir das 22 horas - e todas as alternativas estão sendo estudadas."
O GDF frisou ainda que apenas essa medida restritiva está em andamento e que nenhuma outra mais radical foi decidida: "Ao contrário do que sugerem postagens em texto e áudio que circulam pelas redes sociais. São notícias falsas que citam reuniões que não aconteceram e até decisões que sequer foram discutidas".
No entanto, a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com um pedido na Justiça Federal para que seja decretado o lockdown total no Distrito Federal. Todas as atividades — escolas, comércio, parques, academias e igrejas — deverão fechar.A ação civil pública está nas mãos da juíza Katia Balbino de Carvalho Ferreira, da 3ª Vara Cível, que deve decidir a qualquer momento.
Dois defensores públicos pedem em caráter liminar que o GDF decrete o chamado “lockdown” e apenas relaxe as medidas restritivas gradualmente quando estiver comprovada a ocupação de não mais que 70% dos leitos de UTI, adultos e pediátricos disponíveis no sistema de saúde.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer