Mais da metade da bancada do DF na Câmara Federal é composta por mulheres: 62,5%. Assim, cinco dos oito representantes locais exercem o cargo. É a maior proporção do país, feito igualado apenas pelos parlamentares do Acre.
Tendo em vista que as mulheres são maioria no conjunto da população, a 2ª edição das Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no produzida pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que as mulheres ainda são subrepresentadas na arena política.
Nas últimas eleições gerais, as mulheres somaram 31,9% das pessoas que concorreram no pleito de 2018 para uma vaga na Câmara dos Deputados. Em 2020, 14,8% das cadeiras da Casa eram ocupadas por deputadas. Até 2017, havia apenas uma deputada na bancada do DF.
Na bancada distrital, essa proporção é menor: quatro dos 24 parlamentares são mulheres, o que corresponde a 16% da Câmara Legislativa (CLDF). Desde 2009, as cotas para candidaturas das mulheres se tornaram obrigatórias. Com isso, os partidos tiveram de assegurar que pelo menos 30% das candidaturas seria de algum dos gêneros.
Cargos de liderança
O estudo do IBGE ainda avaliou a participação de homens e mulheres em cargos de liderança em órgãos públicos e também no setor privado. Nesse recorte, as mulheres estão em desvantagem no DF: enquanto os homens ocupam 63,9% das gerências e diretorias, as mulheres são 36,1% das lideranças. No âmbito nacional, esses indicadores são de 62,6% e 37,4%, respectivamente.