Vestidas de preto, mais de 60 pessoas levantaram faixas e cartazes, reivindicaram a abertura do comércio e pediram o afastamento de Ibaneis do cargo de governador. "Queremos trabalhar. Salvar empregos também é salvar vidas. Fora, Ibaneis", diziam os manifestantes. A ação foi fiscalizada por policiais militares e equipes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).
O ato foi coordenado pelo bolsonarista Renan Silva Sena, o mesmo que foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em junho do ano passado após gravar vídeos xingando Ibaneis e proferindo ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o Congresso Nacional. "Não pense que o lockdown vai quebrar a todos. Não caia nessa. Essas medidas restritivas irão atingir apenas os empresários", disse ele.
Pérola Tuon, 45 anos, não é empresária, mas compareceu à manifestação para pedir o retorno das aulas presenciais. "Tenho um filho de 3 anos autista. Ele perdeu 75% do vocabulário desde a suspensão das aulas e perdeu uma janela clínica, o que é grave. Concordo que o pessoal tem que voltar ao trabalho, mas estou aqui defendendo minha liberdade e minha causa", frisou a tradutora.
Manifestação
No domingo (28/2), empresários se reuniram em frente a casa do governador Ibaneis Rocha (MDB) pedindo a revogação da medida.
O chefe do Executivo decidiu proibir o funcionamento de parte das atividades por 15 dias porque o sistema de saúde está prestes a entrar em colapso. No fim de semana, a rede pública chegou a ter apenas um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) disponível para pacientes com covid-19.