Nove pessoas foram presas, na manhã desta terça-feira (30/3), no âmbito da Operação Rosso Corsa, deflagrada pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DRRFV/Corpatri). Segundo as investigações, o grupo integra uma organização criminosa especializada na receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos, além da falsificação de documentos públicos.
Ao longo de seis meses de investigação, policiais civis constataram que o líder do grupo adquiria os veículos furtados ou roubados, ocultando-os para que os comparsas adulterassem os sinais identificadores (chassi, vidros, motor e placas), bem como para que emitissem documentação falsa (CRLV). Com o veículo clonado, o chefe anunciava o automóvel a uma rede de receptadores, que tinha ciência da procedência ilícita.
De acordo com a apuração policial, a maioria dos veículos mais novos e caros, como utilitários e esportivos, eram vendidos adulterados para receptadores especificados. Por outro lado, os automóveis mais baratos ou populares costumavam ter as peças desmontadas para abastecimento de uma rede clandestina de receptação de peças.
Prisões
Os integrantes da organização já haviam sido presos pela DRRFV entre 2013 e 2015 pelos mesmos crimes. Nesta terça-feira (30/3), a PCDF cumpriu, ainda, 13 mandados de busca e apreensão no DF e em regiões do Entorno, como nos municípios de Novo Gama, Luziânia e Catalão. A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
“O objetivo era cumprir nove mandados de prisão preventiva e cumprimos sete. Além disso, quatro veículos foram apreendidos. Eles serão periciados para verificar se os sinais identificadores estão adulterados”, afirmou o delegado Renato Lourenço.
Os presos são todos homens, com idades entre 22 e 47 anos. Sete deles acumulam passagens criminais por organização criminosa, associação criminosa e receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, furto e falsificação de documento público. Os investigados responderão pelo crime de organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de reclusão. Alguns responderão também por receptação, crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor e falsificação de documento público.
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