PANDEMIA

Covid-19: Em 14 dias, dez vigilantes morreram pela doença no DF

Desde o início da pandemia, 35 vigilantes morreram por complicações do novo coronavírus. O número de contaminações também é alto, foram 2101 infecções

Cibele Moreira
postado em 25/03/2021 12:44 / atualizado em 25/03/2021 13:51
Sindicato solicitou que vigilantes entrem para o grupo prioritário -  (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
Sindicato solicitou que vigilantes entrem para o grupo prioritário - (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)

A alta nos casos e mortes pela covid-19 no DF também assusta os trabalhadores que atuam como vigilantes. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), em um período de 14 dias, dez trabalhadores morreram pela doença. O número despertou um alerta para a categoria que, desde o início da pandemia, perdeu 35 trabalhadores para o novo coronavírus. 

A vítima mais recente morreu nesta quarta-feira (24/3). Na terça (23/3), José Geraldo da Silva, 50 anos, vigilante do Senado Federal, morreu após 14 dias de internação no Hospital de Campanha da Polícia Militar. Hipertenso e pré-diabético, José passou um ano afastado da empresa para tratamento de saúde e, quando retornou ao trabalho, no início deste mês, acabou sendo contaminado pela covid-19. José Geraldo da Silva iria completar 51 anos no próximo dia 30. Ele morava em Santa Maria Sul e deixa quatro filhos. 

O último registro elevado de mortes pela covid-19 entre trabalhadores da segurança ocorreu em julho do ano passado, período de pico da pandemia na capital. Na época, sete pessoas perderam a vida em 15 dias. Diante da situação atual, o sindicato encaminhou, nesta quinta-feira (25/3), um ofício ao governador Ibaneis Rocha (MDB) pedindo a inclusão da categoria nos grupos prioritários para vacinação. 

Ao todo, o sindicato contabiliza 20 mil trabalhadores no DF. Desse total, apenas três mil foram vacinados por prestarem serviços na Secretaria de Saúde. O número de imunizados representa apenas 15% do total de profissionais que não pararam durante a pandemia. 

Em relação às contaminações, a categoria registrou 2.101 casos. Destes, 1.748 estão recuperados. 

Média móvel de óbitos elevada

Nesta quarta-feira (24/3), o DF teve a maior média móvel de óbitos desde o início da pandemia.  A taxa ficou em 49,57, o que representa um aumento de 173% em relação ao período 14 dias atrás. Nesta quarta-feira, a Secretaria de Saúde notificou mais 50 mortes pela doença. No dia anterior, foram 62, segundo maior número do ano, atrás apenas de 18 de março, quando foram computadas 68 mortes. 

A taxa de leitos de UTI adulto para a covid-19 chegou na ocupação total no início da manhã desta quinta-feira (25/3). 

 

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