Pesquisa

Codeplan divulga estudo sobre consumo de água após crise hídrica no DF

O estudo analisa o comportamento da população após o fim das medidas de racionamento. Em 2019, a capital registrou redução de 1,95% no consumo total em comparação com 2016

Larissa Passos
postado em 24/03/2021 13:10 / atualizado em 24/03/2021 13:33
O estudo foi realizado para acompanhar os hábitos de consumo de água no DF -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
O estudo foi realizado para acompanhar os hábitos de consumo de água no DF - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou, nesta quarta-feira (24/3), o estudo "Consumo de Água tratada no Distrito Federal: um retrato pós crise hídrica". A pesquisa tem como objetivo analisar o comportamento da população após o fim das medidas de racionamento implementadas durante a crise.

A gerente de estudos ambientais da Codeplan, Kássia Batista de Castro, mostra que o Distrito Federal registrou queda de 9,5% no consumo total de água no período de 2017 comparado ao ano de 2016, quando as medidas restritivas ainda estavam em vigor. Em 2019 aumentou 9,5% em comparação a 2018. Além disso, houve uma redução de 1,95% no consumo em 2019 relacionado com 2016.

De acordo com a pesquisa, entre 2016 e 2019, o maior consumo por categoria fica localizado em áreas residenciais e o menor em indústrias. Com relação a regiões administrativas do Distrito Federal, as cidades com menor consumo total são: Fercal, Varjão, Candangolândia, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Estrutural. Já os maiores consumidores estão nas regiões de Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Plano Piloto.

Segundo a gerente de estudos ambientais, o consumo per capita de água continua em queda mesmo após a crise hídrica no DF. "A gente viu e reforça que o consumo está muito atrelado com as questões de renda. Então, quanto menor a renda, menor o consumo", afirma. O estudo aponta que as cidades com maior consumo foram Lago Sul, Park Way e Lago Norte. Entre as de menor consumo estão Estrutural, Fercal, Paranoá e Riacho Fundo II.

Kássia Batista de Castro ressalta que a capital "precisa de ações de educação para o uso consciente racional da água que deve ser contínua, mas que principalmente, isso deve ser fortalecido pelas ações integradas de gestão e estratégias voltadas para a segurança hídrica para que a gente consiga ter um DF resiliente para o enfrentamento dos desafios futuros na questão hídrica".

 

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