COLABORAÇÃO

Distrito Federal ajuda no combate à dengue no Entorno

Servidores do DF estão ajudando no levantamento epidemiológico dos municípios goianos para planejar ações em conjunto. Boletim de 12 de março apontou 21 casos e nenhuma vítima fatal na capital federal. Atuação conjunta acontece desde fevereiro deste ano, quando foi publicada resolução no DODF

Correio Braziliense
postado em 22/03/2021 23:14
Por enquanto, o foco das ações são os municípios do Entorno Sul: Cristalina, Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama, Valparaíso, Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas -  (crédito: Acácio Pinheiro/Agência Brasília)
Por enquanto, o foco das ações são os municípios do Entorno Sul: Cristalina, Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama, Valparaíso, Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas - (crédito: Acácio Pinheiro/Agência Brasília)

Mesmo com o controle de casos de dengue no Distrito Federal, o Governo do Distrito Federal (GDF) permanece em alerta para evitar a disseminação das arboviroses, doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. O último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde em 12 de março, aponta que foram confirmados 21 casos de dengue com sinais de alarme no DF neste ano, mas sem óbitos registrados.

Assim, o foco das ações do governo passou a ser o combate à infestação do mosquito Aedes aegypti nos municípios goianos vizinhos ao DF. Segundo a SES, a atitude tem por objetivo evitar o aumento da circulação do mosquito no DF.

Os casos de dengue no DF caíram mais de 70%. Em contrapartida, as infecções têm crescido em grande número em Goiás, de acordo com a Secretaria de Saúde. A ação conjunta, portanto, vai ajudar a conter os casos. Novo Gama (GO), por exemplo, é separado apenas por uma rua de Santa Maria.

Por enquanto, o foco das ações são os municípios do Entorno Sul: Cristalina, Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama, Valparaíso, Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas. Agentes de saúde do DF têm participado de reuniões técnicas com os servidores dos municípios goianos para auxiliá-los a fazer o correto levantamento de dados sobre a infestação do mosquito.

A SES afirma que as equipes do DF são extremamente qualificadas e que a capital federal tem muito mais estrutura e insumos do que a maioria dos municípios do entorno.

Infestação

Uma das taxas importantes a ser acompanhada é o índice de infestação predial dos imóveis vistoriados, que deve ser de no máximo 3%. Ou seja, a cada 100 casas visitadas, apenas 3 delas devem ter focos do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A redução significa que os mosquitos que sobrarem não têm número suficiente para abrir um processo de transmissão.

Os municípios onde esse índice estiver subindo vão receber intervenções, como o fumacê, uma análise epidemiológica mais detalhada ou um exame laboratorial. As equipes estão fazendo o planejamento estratégico com ações previstas para o mês que vem.

Foram realizados encontros com os técnicos de Valparaíso, Luziânia, Novo Gama e, na semana que vem, será realizada com servidores de Cidade Ocidental. A atuação conjunta do DF e de Goiás acontece desde fevereiro deste ano, quando foi publicada uma resolução no Diário Oficial do DF prevendo a união dos governos no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, um dos objetivos da parceria é levar experiências positivas do DF para os municípios do entorno, como a sala de situação. Desde o ano passado, o GDF reúne diversos órgãos para monitorar a situação da dengue no DF, o que permitiu a queda dos dados.

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