Ao Correio, o governador Ibaneis Rocha fez o balanço de um ano do primeiro lockdown que fez parar o Distrito Federal em 2020. “É preciso continuar o trabalho e precisamos que a população faça sua parte, se prevenindo, evitando, principalmente, as aglomerações”, destacou. O chefe do Executivo reconheceu que há muita gente passado necessidade. “Por isso estamos reforçando a nossa rede de atendimento social”, disse.
Sobre medicamentos e insumos, o governador garantiu que há controle do estoque permanentemente e não estão faltando remédios ou luvas. “Nós vamos, inclusive, começar a instalar usinas de oxigênio nas unidades hospitalares nos próximos dias.” Confira a entrevista na íntegra.
Há um ano o senhor decretava um lockdown amplo, qual sua avaliação dessa medida para evitar o colapso na saúde? O que deu certo e o que faria de outra forma hoje?
O objetivo inicial foi alcançado. Durante todo o período, nenhum paciente ficou sem atendimento no Distrito Federal, mesmo nos momentos de pico da doença. Mas a chegada das novas cepas, mais virulentas, provocou uma nova crise, que estamos combatendo, mais uma vez, com o aumento no número de leitos e restrição de circulação. Isso vem dando resultado, mas é preciso continuar o trabalho e precisamos que a população faça sua parte, se prevenindo, evitando, principalmente, as aglomerações.
Há possibilidade de o GDF ampliar a testagem de pessoas?
A testagem já está no nível ideal, segundo os técnicos da Secretaria de Segurança. O importante, neste momento, é reduzir a taxa de transmissibilidade, ainda muito alta entre nós, o que só vai ser conseguido com a menor circulação na cidade. É difícil, muita gente tem passado necessidade e, por isso, estamos reforçando a nossa rede de atendimento social. A população pode nos ajudar, doando alimentos a quem mais precisa, buscando reduzir essas dificuldades.
A contaminação acelerada das novas variantes não justificaria mais restrição na circulação de pessoas?
Todo mundo sabe o perigo que é a covid-19. Os noticiários não falam em outra coisa, contam histórias tristes, chocantes, dão exemplos de pessoas que estão morrendo por falta de ar. Essa questão da restrição deveria ser uma tomada de consciência. O governo faz a parte dele, mas não é possível proibir tudo, como não é possível fiscalizar tudo. A sociedade também tem que fazer sua parte.
O GDF recebeu alguma sinalização do Ministério da Saúde sobre a ampliação dos lotes de vacina para o Distrito Federal?
Temos a informação de que, a partir de agora, os lotes serão constantes. No próximo domingo (21/3), devemos receber um novo carregamento de vacinas e será possível começar a imunizar servidores que estão na rua, como os policiais e agentes de assistência social, e pessoas de 70 e 71 anos.
A compra de insumos para o tratamento da covid-19 será reforçada?
Não estão faltando insumos no Distrito Federal. Mas temos controlado o estoque permanentemente. Nós vamos, inclusive, começar a instalar cinco usinas de oxigênio nas unidades hospitalares nos próximos dias.
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