Os deputados distritais discutiram, nesta quarta-feira (17/3), a inclusão de policiais e bombeiros entre os grupos prioritários para a vacina contra a covid-19 no Distrito Federal. O presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Rafael Prudente (MDB), argumentou que "esses profissionais estão se expondo muito todos os dias desde o início da pandemia".
O pleito foi apoiado pelo líder do governo na CLDF, João Hermeto (MDB): "Não é questão de corporativismo. A proporção de policiais que morreram, comparando com qualquer outra profissão, é muito alta".
O presidente da Comissão Especial da Vacina, Fábio Félix (PSol), explicou que integrantes das forças policiais e de salvamento já são prioritários de acordo com o Plano Nacional de Imunização, mas após idosos e pessoas com comorbidades, conforme a letalidade. "Não faz sentido vacinar policial de 40 anos antes de um idoso".
Arlete Sampaio (PT) afirmou que, nas últimas duas semanas, 53,7% das vítimas fatais da covid-19 no DF tinham mais de 70 anos; 35,5%, entre 50 a 69 anos; e apenas 1% tinham menos de 30 anos. "É isso que justifica que os idosos sejam prioritários, porque eles morrem", disse a deputada. Para ela, o problema é a falta de vacina disponível. "Chegaram 58 mil doses em Brasília para vacinar a população de 72 e 73 anos a partir de amanhã. É claro que não cabe mais ninguém", explicou. Ainda de acordo com a parlamentar, com aumento da produção da Fiocruz a capital deverá receber aproximadamente 250 mil doses entre abril e maio.
O deputado João Cardoso (Avante) pediu a inclusão de acadêmicos da saúde, que estão em estágio obrigatório em hospitais, no grupo prioritário. "Peço ao secretário de Saúde, Osnei Okumoto, para determinar que eles possam ser vacinados. São alunos de medicina, enfermagem e técnicos de enfermagem que estão na linha de frente, e fisioterapeutas que estão ajudando na recuperação de pessoas que tiveram covid".
O presidente Rafael Prudente explicou que seu pedido não é para interferir no público prioritário. "Quero deixar claro que se respeite a vacina dos idosos e em seguida possamos dar prioridade aos nossos policiais", esclareceu.
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