O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou à Secretaria de Saúde (SES-DF), nesta terça-feira (9/3), informações sobre a atual demanda e o estoque de oxigênio hospitalar na capital. A requisição vem após o DF atingir taxas máximas de ocupação dos leitos nas unidades de terapia intensiva (UTIs) em vários hospitais. O órgão tem três dias para apresentar uma resposta à Corte.
Segundo o MPDFT, a SES-DF deverá informar quais são as fornecedoras que estão atualmente contratadas e a capacidade de ampliação da oferta, por dia e por semana, em virtude do aumento da demanda. O Ministério Público também quer saber se a pasta já verificou junto às empresas a capacidade de continuarem a fornecer o insumo regularmente, além de outras medidas preventivas possíveis para garantir o suprimento de oxigênio hospitalar.
O Ministério Público questiona, ainda, se o volume de oxigênio contratado será suficiente, tendo em vista o aumento do número de leitos de UTI e o funcionamento de hospitais de campanha. “Precisamos atuar preventivamente e identificar as necessidades e até os possíveis entraves, antes que seja mais difícil contornar a situação, como vimos, lamentavelmente, em Manaus”, afirma o coordenador da força-tarefa, procurador de Justiça José Eduardo Sabo.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde garantiu que monitora o consumo de oxigênio dentro das unidades hospitalares e está em constante contato com a empresa fornecedora, mas que não estoca oxigênio. “A pasta não possui estoque de oxigênio, pois tem contratos com as empresas White Martins Gases Industriais Ltda (Oxigênio Líquido-Tanque Criogênico) e Air Liquide Brasil Ltda (Oxigênio Cilindros) para o fornecimento, cabendo às empresas a estocagem e abastecimento”, informou.
Leitos
A taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento da covid-19 na rede pública está em 93,24% no Distrito Federal. Dos 291 leitos mobilizados para atender a pacientes com a doença, 262 estão ocupados, 10 bloqueados e 19 disponíveis. Ao todo, sete hospitais públicos não têm mais vagas para esse tipo de suporte intensivo.
No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento da doença desde o início da pandemia, há apenas um leito de UTI disponível. Os dados são do sistema InfoSaúde, do GDF, divulgados ao 12h desta terça-feira (9/3).
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