O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF) se posicionou contra a decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB) de liberar a volta das atividades presenciais na rede de ensino particular do DF a partir de segunda-feira (8/3). Segundo nota, divulgada nesta sexta-feira (5/3) pelo sindicato, "a decisão do Governo do Distrito Federal (GDF) coloca professores, alunos e familiares em perigo."
O sindicato afirmou que o lockdown se faz necessário para "amenizar a situação precária dos hospitais que atendem a pacientes com o vírus e, neste momento, encontram-se em situação de calamidade pública, com mais de 90% de leitos de UTI ocupados."
A entidade considerou que a alta média móvel de mortes por covid-19 na capital do país mostra que o isolamento, neste momento, é fundamental. "Porém, fica claro que está sendo visto somente o lado
econômico, considerando que não foi dado o mesmo tratamento na rede pública", diz a nota.
Associação de pais
A Associação de pais e alunos das instituições de ensino do Distrito Federal (Aspa-DF), ao contrário do Sinproep, comemora a decisão do GDF. Segundo o presidente da entidade, Alexandre Veloso, escolas são atividades essenciais e, por isso, devem se manter abertas.
"Lógico que defendemos um retorno com segurança e seguindo todos os protocolos sanitários, com rodízio de alunos e respeitando o distanciamento. O presencial precisa ser a prioridade e o remoto se mantém para aqueles alunos que precisam", considerou.
Segundo o Sinproep, há uma reunião marcada para a próxima terça-feira (9/3), junto ao Ministério Público
do Trabalho (MPT) para definir e cobrar os protocolos de segurança nas instituições, com possibilidade da Justiça do Trabalho ser acionada. Também estarão presentes representantes do GDF, que irão apresentar o calendário de vacinação dos professores da rede privada.
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