No primeiro dia de vacinação para idosos com 75 anos, o Distrito Federal bateu o recorde nas médias móveis de casos e mortes, verificadas ao longo desta semana. Nesta quinta (4/3), a mediana de mortes chegou a 16,14 e a de infectados está em 1.200,4. Em relação à média móvel de óbitos, houve aumento de 66% em relação ao valor de 18 de fevereiro, duas semanas atrás.
Já para o cálculo de casos, o crescimento foi, pelo quarto dia consecutivo, próximo ao dobro do valor anterior e ficou em 101,5% na comparação com 18 de fevereiro. A média móvel é resultado do cálculo diário das médias de casos e mortes dos últimos sete dias. O valor é usado como critério de comparação para visualização das tendências relacionadas à pandemia.
Em 24 horas, a Secretaria de Saúde registrou 18 mortes e 1.266 novos casos de covid-19. Com isso, o total de pessoas infectadas pela doença no DF chegou a 302.185 — com 285.970 (94,6%) recuperados — e o número de vidas perdidas desde o início da pandemia é de 4.918.
Esperança
Para o professor Breno Aidad, a expectativa de melhora nos cenários de casos e mortes — esperada com a restrição de funcionamento do comércio e serviços decretada pelo governador Ibaneis Rocha em 27 de fevereiro — é para a próxima semana, ainda que tímida. "Nesta semana, nada mudou ainda. Estamos de lockdown mas os casos [desta semana] são de pessoas que se contaminaram na semana passada, quando a vida estava 'normal'. Então a expectativa de uma pequena diferença é a partir de segunda e terça-feira da semana que vem, quando poderemos ter uma semana mais tranquila", aponta o pesquisador do Centro Universitário Iesb, doutor em administração e pós-doutor pela Universidade de Brasília (UnB) em ciência do comportamento.
A taxa de transmissão da covid-19 — usada para medir a reprodução da epidemia — está em 1,32 no DF nesta quinta-feira (4/3). Se a taxa de transmissão for menor que 1, a epidemia tende a acabar; para valores maiores que 1, a epidemia está fora de controle e avança.
Até esta quarta (3/3), o índice de isolamento social na capital federal estava em 35,3% — 0,9 pontos percentuais a menos do que o observado no dia anterior, segundo dados da InLoco. A maior taxa registrada no DF foi de 65,6%, em 22 de março de 2020. O levantamento é feito com informações coletadas de localizadores dos aparelhos celulares. De acordo com a empresa, nenhum detalhe que possa identificar a pessoa, como nome, RG, CPF ou e-mail, é registrado.
Notificações
Dois pacientes morreram nesta quinta (4/3). Entre 1º de março e esta quarta (3/3), sete pessoas perderam a vida por conta da covid-19. O restante dos óbitos notificados nesta quinta (4/3) ocorreu entre 12 e 28 de fevereiro.
Apenas duas pessoas, entre aquelas cujas mortes foram registradas nesta quinta (4/3), não sofriam de comorbidades. Entre os pacientes com alguma doença, 14 apresentavam doença cardiovascular, sete sofriam de distúrbios metabólicos, uma pessoa era obesa, quatro vítimas tinham pneumopatia e duas, nefropatia. Um paciente sofria de imunossupressão.
Uma pessoa era residente do Amazonas e uma morava na Bahia. Os 16 pacientes restantes eram do DF. As idades dos pacientes variavam entre 50 e 80 anos ou mais e 11 vítimas eram homens. Sete pessoas vieram a óbito em unidades públicas de saúde.
Incidência
Ceilândia continua encabeçando a lista das regiões administrativas com maior número de infectados pelo novo coronavírus, com 32.794 registros de pessoas contaminadas. Em seguida, está o Plano Piloto, que tem 28.532 notificações da doença; Taguatinga fica em terceiro lugar, com 24.214 casos de covid-19.
Quanto ao número total de mortes, Ceilândia também lidera o ranking, com 832 óbitos. Em seguida, aparecem Taguatinga (492) e Samambaia (369). Taguatinga teve três mortes em 24 horas e Samambaia não registrou nenhuma vida perdida em relação ao dia anterior.
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