PROTESTO

Vestidos de preto, manifestantes pedem fim do lockdown em frente à CLDF

Manifestantes se reuniram, no começo da tarde desta terça-feira, em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para pedir o fim do lockdown na capital. A medida restritiva busca frear o aumento no número de casos da covid-19 e começou a valer neste domingo (28/2), após decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB)

Darcianne Diogo
postado em 02/03/2021 14:40 / atualizado em 02/03/2021 17:07
Em faixas, os manifestantes pediram o fim do lockdown -  (crédito: Ed Alves/D.A Press)
Em faixas, os manifestantes pediram o fim do lockdown - (crédito: Ed Alves/D.A Press)

Vestidas de preto, mais de 60 pessoas levantaram faixas e cartazes, reivindicaram a abertura do comércio e pediram o afastamento de Ibaneis do cargo de governador. "Queremos trabalhar. Salvar empregos também é salvar vidas. Fora, Ibaneis", diziam os manifestantes. A ação foi fiscalizada por policiais militares e equipes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).

O ato foi coordenado pelo bolsonarista Renan Silva Sena, o mesmo que foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em junho do ano passado após gravar vídeos xingando Ibaneis e proferindo ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o Congresso Nacional. "Não pense que o lockdown vai quebrar a todos. Não caia nessa. Essas medidas restritivas irão atingir apenas os empresários", disse ele.

Pérola Tuon, 45 anos, não é empresária, mas compareceu à manifestação para pedir o retorno das aulas presenciais. "Tenho um filho de 3 anos autista. Ele perdeu 75% do vocabulário desde a suspensão das aulas e perdeu uma janela clínica, o que é grave. Concordo que o pessoal tem que voltar ao trabalho, mas estou aqui defendendo minha liberdade e minha causa", frisou a tradutora.

Manifestação
No domingo (28/2), empresários se reuniram em frente a casa do governador Ibaneis Rocha (MDB) pedindo a revogação da medida.

O chefe do Executivo decidiu proibir o funcionamento de parte das atividades por 15 dias porque o sistema de saúde está prestes a entrar em colapso. No fim de semana, a rede pública chegou a ter apenas um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) disponível para pacientes com covid-19.

 

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