Ciclovias, arborização e acessibilidade. Essa será a nova cara da Avenida Hélio Prates, de 7,2km, que passa por Ceilândia e por Taguatinga. As obras vão começar em 120 dias e deverão modernizar a região e melhorar a mobilidade urbana. No local, será implementado o BRT do Corredor Oeste — que ligará a Asa Sul e a Zona Central de Brasília a Águas Claras, Guará, Taguatinga e Ceilândia. A obra será dividida em três etapas, e o valor estimado para a primeira é de R$ 15 milhões — a licitação foi finalizada em janeiro, no entanto, a Secretaria de Obras ainda não divulgou o resultado. A etapa inicial será subdividida em três fases: reforma das calçadas, revitalização dos estacionamentos e criação da faixa exclusiva para ônibus.
Presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (ACIT), Justo Moraes avalia que “a revitalização vai ser ruim a curto prazo e boa a longo prazo”. “O comerciante precisa se prevenir nesse momento, pois ainda não sabemos quanto tempo cada trecho da obra vai durar. Conversamos com o governo e pedimos para fazer a obra por fases, a fim não ocorrer muitos transtornos para a população”, ressalta. Clemilton Saraiva, presidente da Associação Comercial de Ceilândia (ACIC), afirma que qualquer melhoria é positiva para a região. “Ceilândia também está buscando outras requalificações, principalmente, na parte central, em função do crescimento da cidade”, diz.
Brian Lopes, de 26 anos, tem uma confeitaria em Taguatinga e acredita que a revitalização trará benefícios. “Meu único medo é perder muitos clientes durante a reforma, mas sei que essa melhoria vai ser muito boa para todo mundo. Para o pedestre e para o ciclista, principalmente. Agora, está bagunçado e desorganizado. A entrega de tortas, durante o horário de pico, demora muito por causa do engarrafamento, mas com a BRT a circulação vai ficar mais livre. Essa questão de arrumar uma parte de cada vez vai ser muito boa, prejudica menos o comerciante local”, defende o empresário.
Na avaliação de Pastor Taco, doutor em Engenharia de Transportes e professor de pós-graduação em Transportes na Universidade de Brasília (UnB), a medida é importante para mobilidade urbana. “A instalação do BRT vai dar uma dinâmica diferenciada para a região. Além de priorizar o transporte público, permitindo maior fluidez. É um sistema que foi implantado em outros lugares e já se esperava que fizessem isso na Hélio Prates”, argumenta.
A Secretaria de Obras informou que estuda os desvios de trânsito necessários para início das obras.
*Estagiária sob a supervisão de Guilherme Marinho
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