Lockdown

Temos que cuidar da economia, mas saúde vem em primeiro lugar, diz Ibaneis

Após reunião com setor produtivo, Ibaneis mantém lockdown, e pede compreensão dos empresários

Samara Schwingel
postado em 01/03/2021 13:37 / atualizado em 01/03/2021 13:45

Após se reunir com representantes do setor produtivo, na manhã desta segunda-feira (1º/3), o governador Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que a única forma de conter o avanço do novo coronavírus no Distrito Federal é reduzindo a circulação de pessoas na cidade. Os empresários, em manifestação em frente ao Palácio do Buriti, pediam para que o chefe do Executivo local anulasse o decreto que restringiu o funcionamento de atividades não-essenciais. 

Por meio das redes sociais, Ibaneis  mostrou que deve manter o posicionamento e pediu a colaboração de todos. "Quero que todos os setores da economia voltem a funcionar no máximo em 15 dias. Alguns vão voltar antes. Mas antes precisamos aumentar o número de UTIs e reduzir a taxa de transmissão do vírus. E para isso precisamos da colaboração de todos", escreveu na conta oficial do Twitter. 

O governador ainda afirmou que está preocupado com a economia, mas que a saúde é prioridade. "O que eu não quero que aconteça no DF é ver fila de ambulância na porta de hospitais sem que haja vagas para tratar os doentes. Isso eu vi em outros estados e outros países. É preciso cuidar da nossa economia, mas a saúde tem que vir na frente."

"O GDF depende da geração de empregos e dos impostos; é do meu maior interesse que o setor produtivo volte a funcionar", completou. 

Manifestação 

Na manhã desta segunda-feira (1/3), cerca de 500 pessoas se reuniram na frente do Palácio do Buriti em protesto contra as medidas restritivas e o fechamento de atividades consideradas não-essenciais. Com faixas e cartazes, os manifestantes alegam que o comércio não vai sobreviver a mais um lockdown.

Outra manifestação está marcada para esta terça-feira (2/2), 13h, quando a Câmara Legislativa do DF deve analisar o pedido popular de veto do decreto. A deputada Julia Lucy (Novo), está na manifestação e prometeu apresentar o pedido de derrubada do decreto.

UTIs 

No fim de semana, a rede pública do DF chegou a ter apenas um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) disponível para pacientes com covid-19. Também nas redes sociais, Ibaneis afirmou que a Secretaria de Saúde chegou a abrir mais leitos, porém, a maioria foi ocupada imediatamente. "No fim de semana abrimos 60 novos leitos de UTI para Covid-19 e imediatamente 54 deles foram ocupados. Isso mostra a gravidade da situação no DF. O decreto de lockdown não me traz nenhum tipo de satisfação, pelo contrário. Mas eu não posso fugir das minhas responsabilidades", disse. 

 

 

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