Lockdown

Empresária de Brasília critica medidas contra covid-19: 'Lockdown de fome'

A doceira Maria Amélia publicou um vídeo que foi republicado pelo presidente Jair Bolsonaro

Após o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinar o fechamento do comércio no Distrito Federal para conter o avanço da covid-19, a empresária Maria Amélia, dona de uma rede de bolos que leva o nome dela, publicou um vídeo nas redes sociais com fortes críticas ao governante. "Como estou fazendo tudo para dar certo, faça o senhor também a sua parte. Votamos no senhor, acreditamos no senhor. Coloque leitos nos hospitais, coloque mais ônibus nas ruas porque isso que salva a população. Lockdown mata... mata de fome", afirmou no vídeo. 

Segundo a empresária, ela tem cumprido todas as regras impostas para conter a covid-19. Apesar disso, no vídeo, ela aparece usando a máscara de forma inadequada e muito próxima dos funcionários. "Tirei para poder estar falando".justificou ela sobre a máscara. 

Maria Amélia ainda frisou como o setor foi prejudicado no ano passado. "Governador, com todo respeito, eu como empresária, venho aqui agora em nome dos meus funcionários e da minha empresa. Tivemos um ano muito difícil e estamos nos recuperando com união, com garra. E, nesse momento que começamos a alavancar novamente, o senhor vem e quer fechar tudo. Governador, não faça isso, nós precisamos trabalhar", afirmou. 

Bolsonaro critica lockdown 

O presidente Jair Bolsonaro compartilhou nas redes o vídeo de Maria Amélia para criticar o lockdown no DF. "O povo quer trabalhar", escreveu o presidente. Crítico do isolamento social, na sexta-feira (26/2), o chefe do Executivo chamou a medida de "politicalha" e disse que quem adotar terá que bancar auxílio emergencial, sem explicar sua fala. 

Lockdown 

Neste domingo (28/2) tiveram início as regras mais rígidas em relação ao isolamento social. Segundo decreto, publicado neste sábado (27/2), o lockdown terá duração de 15 dias. Somente uma lista de atividades estão autorizadas a funcionar durante o período. 

A situação dos hospitais no DF está em fase crítica, com 88% das vagas de UTI ocupadas