Um dia após o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decretar lockdown a partir da próxima segunda (29/2), entre 20h e 5h, o DF amanheceu com 95,83% dos leitos de UTI para covid-19 ocupados. O cálculo diz respeito à rede pública do DF e aos leitos contratados em hospitais particulares pelo Executivo local.
O DF tem, ao todo, 179 leitos de UTI destinados ao tratamento da covid-19. Desse total, 13 estão livres, quatro estão bloqueados e aguardam liberação, e 162 estão ocupados.
Entre os hospitais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em dois as camas de terapia intensiva separadas para a covid-19 estão 100% ocupadas. O Hospital de Campanha da Polícia Militar está com 98,75% de lotação. O restante, com exceção do Hospital da Criança de Brasília (HCB), tem taxa de ocupação de 50%. A unidade pediátrica está com 33% das vagas ocupadas.
Dos cinco hospitais contratados, quatro são particulares e um, o Hospital Universitário de Brasília (HUB), é vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Três hospitais empregados pelo GDF estão com os leitos de UTI para covid-19 completamente ocupados. Um deles está com lotação de 85% e outro tem ocupação de 94,12%.
Lockdown
Nesta quinta-feira (25/2) à noite, mesmo dia em que descartou a possibilidade de um lockdown no DF, Ibaneis decidiu adotar medidas mais restritivas para evitar a proliferação da covid-19. A partir de segunda-feira (1º/3), todas as atividades econômicas ficarão suspensas das 20h às 5h, com exceção de serviços essenciais.
É a primeira vez que o DF tem uma medida mais drástica de circulação desde o início da pandemia de covid-19. Ao Correio, Ibaneis declarou que “as UTIs me fizeram mudar de ideia”, em relação à decisão pelo lockdown.
Outra decisão tomada pelo GDF na noite desta quinta-feira (25/2) é o adiamento do retorno presencial de alunos da rede pública de ensino, que chegou a ser anunciado para 8 de março.