Entre dezembro e janeiro, 8 mil brasilienses ficaram desempregados. É o que mostra a Pesquisa Emprego e Desemprego relativa ao mês de janeiro, divulgada, ontem, pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Em termos relativos, o quantitativo representa 0,1% da taxa observada em dezembro, de 18%. O número de desocupados permanece em 291 mil pessoas no Distrito Federal.
Durante a apresentação, Lúcia Garcia, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e especialista em mercado de trabalho, afirmou que o cenário de constância é considerado normal em início de ano. “Mesmo estando em crise, no geral, costumamos iniciar o ano com as ocupações crescendo pouco ou em estabilidade, mas não em descendência. Essa preocupação, no entanto, vai nos acompanhar pelos próximos meses”, ressaltou a economista.
Entre os grupos de atividade, a construção civil foi o que apresentou maior variação negativa, de 4,2%, seguido pelo grupo de serviços, com menos 2,5% de pessoas ocupadas. Em terceiro lugar na lista de diminuição está a indústria de transformação, com variação negativa da taxa de ocupação de 2,2%. Em todos os segmentos populacionais houve crescimento do rendimento médio real. Olhando para as classes mais abastadas, o aumento ficou em 4,3% para os 25% mais ricos; e 3,8% entre os 50%.
Clarisse Schlabitz, da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Dieps) da Codeplan, aponta que o setor de serviços está com níveis de ocupação estáveis. “Estamos paralisados, dado que o mercado de trabalho do DF é extremamente formalizado, em comparação às outras entidades da Federação. A estabilidade no serviço público permitiu que a massa de consumo se mantivesse constante durante a crise. Ainda estamos, porém, em processo abaixo do que poderíamos estar”, refletiu a diretora.