Após uma sequência de 13 dias com quedas entre 26% e 49%, a média móvel de casos da covid-19 voltou a subir neste sábado (20/2), segundo o boletim da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Na quinta (18/2) e na sexta (19/2), os dados apresentaram estabilidade. Neste sábado (20/2), o valor da média móvel de casos é de 668 — 16% maior que o cálculo de 6 de fevereiro, há 14 dias.
Até então, a maior média registrada desde 5 de fevereiro havia sido a de sexta (19/2): 646. Neste sábado (20/2), mantendo a linha dos últimos 13 dias, a média móvel de mortes permanece estável, em 9,57, porém representa aumento de 6,3% quando considerado o valor das duas últimas semanas, 6 de fevereiro.
A média móvel — realizada a partir do cálculo, refeito todos os dias, da média simples entre o valor do dia e dos seis anteriores — é calculada para facilitar a visualização da tendência de crescimento de casos da doença e das mortes.
Em 24 horas, foram registrados mais 748 casos da covid-19, o que elevou o total de infectados desde o início da pandemia a 288.977. As mortes pela covid-19 no DF somam 4.747, com nove óbitos notificados neste sábado (20/2). Do número de casos, 279.108 são considerados recuperados (96,6%).
Ocupação
De acordo com a última atualização da SES, os leitos de UTI separados para a covid-19 estão 87,42% ocupados. O cálculo inclui hospitais da rede pública e os contratados, inclusive da rede particular. O Hospital de Campanha da Polícia Militar tem apenas 12,5% das camas de tratamento intensivo livres.
Os hospitais de Base, regional de Samambaia (HRSam) e Universitário de Brasília (HUB) — contratado pela secretaria — têm 100% dos leitos de UTI para a doença ocupados. Dos quatro hospitais particulares empregados pela SES, um tem 90% de ocupação dos leitos de UTI, dois estão com a metade disponível e um está 88,89% ocupado.
Registros do dia
Das mortes notificadas, apenas uma é deste sábado (20/2). Cinco datam de sexta-feira (19/2) e o restante ocorreu entre quarta (17/2) e quinta (18/2). Apenas duas vítimas eram mulheres.
A idade dos pacientes cujos óbitos foram registrados neste sábado (20/2) era de 20 a 79 anos. Das vítimas, sete residiam no DF, uma era de Goiás e uma morava no Amazonas. Cinco pessoas morreram em hospitais particulares.
Quatro pacientes não apresentavam nenhuma comorbidade. Entre aqueles com alguma enfermidade, quatro sofriam de doença cardiovascular, dois apresentavam distúrbios metabólicos, um paciente era obeso e dois sofriam de pneumopatia.
Atualmente, a taxa de transmissão, ou seja, o número médio de pessoas que um indivíduo com a doença pode infectar, está em 0,89. A reprodução da epidemia pode ser medida a partir do valor encontrado para a transmissão. Se a taxa for menor que 1, a epidemia tende a estar controlada; para valores maiores que 1, a epidemia avança.
Regiões
Neste sábado (20/2), Ceilândia permanece a região administrativa com maior número de casos, com 52 registros a mais do que na sexta (19/2), e com um total de 31.802 pessoas contaminadas. Em seguida, está o Plano Piloto, que tem 27.065 notificações da doença, 83 a mais em 24 horas. Taguatinga fica em terceiro lugar, com 55 infectados a mais pelo novo coronavírus do que na sexta (18/2), totalizando 23.260.
Em relação ao número total de mortes, Ceilândia também lidera a lista, com 824 óbitos. Em seguida, aparecem Taguatinga (476) e Samambaia (360). Ceilândia e Samambaia não registraram nenhum óbito em 24 horas. Taguatinga somou duas mortes neste sábado (20/2).