Em meio ao risco de que o DF receba menos doses de vacina do Ministério da Saúde do que o esperado, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal registrou, nesta sexta-feira (19/2), mais 864 casos, chegando ao total de 288.229 infectados desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram registradas dez mortes em decorrência da doença, totalizando 4.738. Do total de casos da covid-19, 278.508 (96,6%) estão recuperados.
No mesmo dia em que o Correio revelou que a variante do novo coronavírus do Rio de Janeiro está em circulação no DF desde julho, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 94,3%. O cálculo inclui hospitais da rede pública e os contratados da rede particular. O Hospital de Base tem 100% de ocupação e o Hospital de Campanha da Polícia Militar tem apenas 3,75% dos leitos de UTI disponíveis; o Hospital Regional de Samambaia tem somente 10% dos leitos de UTI para covid-19 livres.
Dos cinco hospitais com leitos de UTI contratados pelo GDF, quatro estão 100% ocupados e um tem apenas 15% das camas de unidade intensiva disponíveis. Nesta quinta, conforme o Correio adiantou, a Secretaria de Saúde do DF anunciou que pretende abrir mais 100 leitos nos próximos dias.
Registros em alta
É a primeira vez, desde 30 de janeiro, que o número de casos registrados em um único dia ultrapassa 800. A média móvel de infectados nesta sexta (19/2) é de 646,14, valor 4,2% superior ao de 5 de fevereiro, 14 dias atrás, o que indica estabilidade. É o maior registro de média móvel de casos desde 4 de fevereiro, quando o cálculo estava em 685. A média móvel de mortes está em 9,57, o mesmo resultado encontrado em 5 de fevereiro.
A média móvel — realizada a partir do cálculo, refeito todos os dias, da média simples entre o valor do dia e dos seis anteriores — é calculada para facilitar a visualização da tendência de crescimento da doença e das mortes.
Notificações
Das mortes registradas, apenas duas aconteceram nesta sexta (19/2). Três datam de quinta-feira (18/2) e o restante ocorreu entre 14 e 25 de janeiro. A faixa etária das vítimas era de 20 a 80 anos ou mais.
Quatro pessoas não apresentavam nenhuma comorbidade. Entre aquelas com alguma enfermidade, cinco sofriam de doença cardiovascular, uma distúrbios metabólicos e um paciente era obeso.
Atualmente, a taxa de transmissão, ou seja, o número médio de pessoas que um indivíduo com a doença pode infectar, está em 0,89. O número é 6,3% inferior - portanto, estável - em relação à taxa de ontem.
A reprodução da epidemia pode ser medida a partir do valor encontrado para a transmissão. Se a taxa for menor que 1, a epidemia tende a estar controlada; para valores maiores que 1, a epidemia avança.
Regiões
Ceilândia continua a região administrativa com maior número de casos, com 31.750 registros de pessoas contaminadas. Em seguida, está o Plano Piloto, que tem 26.982 notificações da doença; Taguatinga fica em terceiro lugar, com 23.205 infectados pelo novo coronavírus.
Em relação ao número total de mortes, Ceilândia também lidera a lista, com 824 óbitos. Em seguida, aparecem Taguatinga (474) e Samambaia (360). Ceilândia e Samambaia não registraram nenhum óbito em 24 horas. Taguatinga somou uma morte nesta sexta (19/2).