PANDEMIA

Covid-19: DF tem 94% dos leitos de UTI ocupados e 864 casos em 24 horas

Dos cinco hospitais particulares contratados pelo GDF, quatro estão com todos os leitos de UTI ocupados. Número de infectados em um só dia não era maior que 800 desde 30 de janeiro

Em meio ao risco de que o DF receba menos doses de vacina do Ministério da Saúde do que o esperado, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal registrou, nesta sexta-feira (19/2), mais 864 casos, chegando ao total de 288.229 infectados desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram registradas dez mortes em decorrência da doença, totalizando 4.738. Do total de casos da covid-19, 278.508 (96,6%) estão recuperados.

No mesmo dia em que o Correio revelou que a variante do novo coronavírus do Rio de Janeiro está em circulação no DF desde julho, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 94,3%. O cálculo inclui hospitais da rede pública e os contratados da rede particular. O Hospital de Base tem 100% de ocupação e o Hospital de Campanha da Polícia Militar tem apenas 3,75% dos leitos de UTI disponíveis; o Hospital Regional de Samambaia tem somente 10% dos leitos de UTI para covid-19 livres.

Dos cinco hospitais com leitos de UTI contratados pelo GDF, quatro estão 100% ocupados e um tem apenas 15% das camas de unidade intensiva disponíveis. Nesta quinta, conforme o Correio adiantou, a Secretaria de Saúde do DF anunciou que pretende abrir mais 100 leitos nos próximos dias.

A variante britânica circula na capital federal desde 31 de dezembro, em ao menos dois pacientes, segundo banco de dados de instituições que mapeiam a circulação das novas cepas.

Registros em alta

É a primeira vez, desde 30 de janeiro, que o número de casos registrados em um único dia ultrapassa 800. A média móvel de infectados nesta sexta (19/2) é de 646,14, valor 4,2% superior ao de 5 de fevereiro, 14 dias atrás, o que indica estabilidade. É o maior registro de média móvel de casos desde 4 de fevereiro, quando o cálculo estava em 685. A média móvel de mortes está em 9,57, o mesmo resultado encontrado em 5 de fevereiro.

A média móvel — realizada a partir do cálculo, refeito todos os dias, da média simples entre o valor do dia e dos seis anteriores — é calculada para facilitar a visualização da tendência de crescimento da doença e das mortes.

Notificações

Das mortes registradas, apenas duas aconteceram nesta sexta (19/2). Três datam de quinta-feira (18/2) e o restante ocorreu entre 14 e 25 de janeiro. A faixa etária das vítimas era de 20 a 80 anos ou mais.

Quatro pessoas não apresentavam nenhuma comorbidade. Entre aquelas com alguma enfermidade, cinco sofriam de doença cardiovascular, uma distúrbios metabólicos e um paciente era obeso.

Atualmente, a taxa de transmissão, ou seja, o número médio de pessoas que um indivíduo com a doença pode infectar, está em 0,89. O número é 6,3% inferior - portanto, estável - em relação à taxa de ontem.

A reprodução da epidemia pode ser medida a partir do valor encontrado para a transmissão. Se a taxa for menor que 1, a epidemia tende a estar controlada; para valores maiores que 1, a epidemia avança.

Regiões

Ceilândia continua a região administrativa com maior número de casos, com 31.750 registros de pessoas contaminadas. Em seguida, está o Plano Piloto, que tem 26.982 notificações da doença; Taguatinga fica em terceiro lugar, com 23.205 infectados pelo novo coronavírus.

Em relação ao número total de mortes, Ceilândia também lidera a lista, com 824 óbitos. Em seguida, aparecem Taguatinga (474) e Samambaia (360). Ceilândia e Samambaia não registraram nenhum óbito em 24 horas. Taguatinga somou uma morte nesta sexta (19/2).

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