A Campanha da Fraternidade Ecumênica, anunciada nesta quarta-feira (17/2), marca o início da quaresma para os cristãos. Com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, busca voltar o olhar das pessoas para o outro, para o cuidar de quem precisa e está passando por momento de sofrimento. Durante a missa de quarta-feira de cinzas, celebrada na Catedral de Brasília, o padre João Firmino reforça o convite para a comunidade cristã acolher o próximo, principalmente neste momento de pandemia.
"A campanha da fraternidade vai nos pedir para cuidar do outro, olhar para quem sofre, para a mulher que é violentada, para aquele que sofre algum tipo de exclusão. Muitas vezes a caridade pode ser para alguém da minha casa, do meu ambiente que, às vezes, por conta da pandemia, está mais estressado, mais nervoso, depressivo. É um convite para olhar menos para si e olhar para outro", pontuou o padre.
Durante a celebração, o pároco relembrou o simbolismo da quarta-feira de cinzas que marca o início do ciclo pascal e representa um período de reflexão. Um momento para lembrar da Paixão, Morte e Ressurreição de cristo. As cinzas, símbolo da fragilidade e pequenez humana, é um apelo à conversão.
Para Marilei Radel, 37 anos, a quaresma neste ano de pandemia tem um simbolismo ainda maior. "É um período que a gente tem de refletir tudo que estamos passando, as dificuldades. A importância do amor ao próximo, principalmente, e aprender mais ainda a se doar e ajudar o outro", pontua.
Pelo ano de pandemia, a celebração passou por mudanças, com a definição de protocolos divulgados pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Em vez da testa dos fiéis - o que requer contato entre as pessoas -, as cinzas devem cair sobre a cabeça de cada um dos presentes na igreja, em silêncio.